09 dezembro 2017

Astronomia

Astronomia é uma ciência que estuda os astros, incluindo as galáxias, e procura responder às questões: de onde viemos? Estamos sós? Leucipo, filósofo grego (séc. V a.C.), foi o primeiro pensador a conceber corpos celestes separado por espaço vazio. Segundo o seu ponto de vista, tudo o que existe são átomos e o vazio.

Em se tratando do conhecimento do Universo, os instrumentos astronômicos, tais como, telescópios, observatórios e computadores desempenharam papel primordial e permitiram ao cientista afirmar, no final do século XX, que o Universo está em expansão. Com esses instrumentos, pode-se prever o seu destino, que se resume em três teorias: Big-crunch (grande colapso), big-chill (grande frio) e big-rip (rasgar energeticamente).

O que é o Universo? Que ciência o estuda? O Universo é tudo — espaço, tempo, e toda matéria e energia que contém, desde as maiores estrelas até as menores partículas subatômicas. A cosmologia é a ciência que estuda as origens e a evolução do Universo. Houve várias teorias a respeito, mas a cosmologia moderna baseia-se no big-bang.

big-bang não é uma explosão convencional, mas a explosão do próprio espaço e início do tempo, e é considerado o melhor modelo do início do Universo. Nesse sentido, quando da sua formação, o Universo era infinitamente pequeno, denso e quente, e as leis normais da física não se aplicavam.

O Espírito Galileu, na página 282 da Revista Espírita de 1862, afirma-nos que o espaço é infinito, explicando que ele representa uma ideia primitiva e axiomática, evidente por si mesma, e que as várias definições dadas nada mais fazem que obscurecer. Para compreendê-lo, não precisamos de uma explicação acadêmica. Observe o seguinte: no espaço, quanto mais andarmos mais distante estaremos de um ponto de partida e sempre longe de um ponto de chegada.

Allan Kardec, nas páginas 101 a 104 da Revista Espírita de 1867, enfatiza a importância do desenvolvimento científico acerca do Universo, pois com essa informação não teríamos colocado o Inferno nas entranhas da Terra e o Céu acima dela. Por isso, a astronomia e a geologia, secundadas pelas descobertas da física e da química, apoiadas nas leis da mecânica, são as duas poderosas alavancas que bateram os preconceitos sobre a origem e o destino do Universo.

Bibliografia

RIDPATH, Ian. Guia Ilustrado Zahar de Astronomia. Tradução de Maria Luiza X. de A. Borges. 2.ed., Rio de Janeiro: Zahar, 2008.

Compilaçãohttps://sites.google.com/view/temas-diversos-compilacao/astronomia-e-astrologia

&&&

Observação sistemática dos astros

Mesopotâmia — a fértil terra entre os rios Tigre e Eufrates. Foi aí que surgiu a astronomia, a ciência de observar os céus, e dela nasceu a astrologia, a prática de ler o destino, ou descobrir significados religiosos, nos movimentos dos corpos celestes.

A observação sistemática dos astros começa com os sumérios, que chegaram à Mesopotâmia por volta de 5000 a.C. para cultivar a terra, e criaram a primeira civilização do mundo. Suas habitações de tijolos de barro, construídas ao longo dos rios, cresceram e transformaram-se em cidades, com deslumbrantes palácios, templos e outros edifícios públicos. O comércio desenvolvia-se, e com ele veio a necessidade de fazer registros. Os sumérios aprenderam a multiplicar, dividir, extrair raízes quadradas e cúbicas. Também inventaram a primeira escrita conhecida: a cuneiforme, que gravavam em tabuletas de argila. 

Editores de Times-Life Livros. Mistério do Desconhecido. Conexões Cósmicas. Abril Coleções. Rio de Janeiro: Abril Coleções, 1994.



06 dezembro 2017

Trevas

Treva significa escuridão, privação ou ausência de luz. Está associada às coisas negativas, aos abismos, aos lugares inferiores e subterrâneos. Para o Espiritismo, lugares povoados e desertos em que erram obscuros Espíritos lastimosos. São as regiões mais inferiores que conhecemos.

Em termos simbólicos, podemos vê-la de duas maneiras: 1) oposição à luz; 2) fogo negro que é a “luz primordial”. Como símbolo caótico, pode ser retratada da seguinte forma: no início tudo era como um “mar sem luz”. Onde não há luz, não há vida; por isto, imaginava-se o mundo dos mortos, rodeado de trevas. Na escuridão pode-se revelar a profundidade do mistério.

O Espírito Irmão X, no capítulo 40 "Nos Domínios da Sombra", do livro Contos e Apólogos, informa-nos a respeito de uma assembleia no reino das sombras, composta pelo poderoso soberano das trevas e milhares de falangistas da miséria e da ignorância. Depois de longa discussão, concluem que a melhor maneira de propagar as sombras é influenciar os médiuns, no sentido de que estes deixem sempre para amanhã a reforma da consciência.

Num outro livro, Contos Desta e Doutra Vida, O Espírito Irmão X, no capítulo 38 "Decisão das Trevas", discorre sobre a organização de obsessões. Há um debate entre o organizador de obsessões e os tipos de obsessões sugeridas aos terráqueos. No final, um vampirizador experiente diz: “Será fácil treinar alguns milhares de companheiros para a hipnose em larga escala e faremos que os espíritas se acreditem santos de carne e osso”.

Devemos temer o Poder das Trevas? Por mais que consigam arrebanhar grandes inteligências para a organização de verdadeiros impérios umbralinos, há algo que está além de sua competência, ou seja, a Sabedoria Divina, com sua justiça. No momento oportuno, a Divina Providência fará uso dos instrumentos corretos para erradicar esta influência maléfica.

Tenhamos sempre em mente que a luz sempre chega e triunfa porque a treva é ausência dela, não tendo, portanto, nenhuma significação real.

Bibliografia Consultada

XAVIER, F. C. Contos e Apólogos, pelo Espírito Irmão X. 3. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1974.

XAVIER, F. C. Contos Desta e Doutra Vida, pelo Espírito Irmão X. 4. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1978.

Compilaçãohttps://sites.google.com/view/temas-diversos-compilacao/trevas



27 outubro 2017

Carma / Karman

Karma é um termo sânscrito que, literalmente, significa "ação" ou "feito". É o somatório de nossas ações, desta e de outras vidas; determina em que circunstâncias renascemos a cada vez. Na filosofia hindu e budista, é concebido como o princípio de causalidade universal: toda ação é causada por uma ação anterior e por sua vez provoca ações posteriores.

Oportunidade, sorte e acaso são incompatíveis com a lei do karma. Segundo esta lei, "Um homem transforma-se naquilo que faz, no modo como se comporta; sejam quais forem as obras que fizerem colherão o fruto delas; do outro mundo em que vive, regressa a este mundo de obras e de trabalho". Em outras palavras, tudo é determinado pela inflexível lei de causa e efeito. 

Para o budismo e o jainismo, o karma brota do desejo. Extinguindo-se este, extingue-se também o karma. Buda, "o iluminado", dá-nos, através das "Quatro Nobre Verdades" – a doutrina central do budismo –, orientações para vencer o desejo (sofrimento) e atingir o nirvana, um estado no qual todo o karma é anulado e uma pessoa pode sair do ciclo de renascimento.

O "Nobre Caminho Óctuplo" – o caminho para o fim do sofrimento – consiste em oito passos, sem um esquema definido, pois os passos são princípios (não ações). Os passos consistem em: 1.º na justa visão; 2.º na justa resolução; 3.º na justa linguagem; 4.º na justa conduta; 5.º no justo viver; 6.º no justo esforço; 7.º na justa mentalidade; 8.º na justa concentração. 

Na Índia, a crença no karma está espalhada com aspecto de fatalidade, não deixando abertura ao acaso. Diante dessa posição, acabamos visualizando o karma sempre como uma mácula (ação má) que tem de ser erradicada. Daí, usarmos indevidamente esta palavra, principalmente quanto dizemos para um parente: "Você é meu karma". 

Na lei do karma, o indivíduo é levado a pensar da seguinte forma: sendo bom, merecerá alta posição; sendo mal, baixa. Há casos em que o espírito pode reencarnar em forma animal. Nesta filosofia são levados em conta o motivo da ação, a ação propriamente dita e as consequências da ação. Quer dizer, mesmo não fazendo nada, estaremos criando um karma. 

Na concepção da Doutrina Espírita, a palavra carma ajusta-se à lei de ação e reação, porém sem a fatalidade que o termo incorpora, ou seja, sofrer e resgatar dívidas do passado. Em realidade, a reação nada mais é do que uma resposta – boa ou má –, em razão de nossas ações. Pergunta-se: se estamos praticando boas ações, por que aguardar o sofrimento?


&&&

— Sim, o “carma”, expressão vulgarizada entre os hindus, que em sânscrito quer dizer “ação”, a rigor, designa “causa e efeito”, de vez que toda ação ou movimento deriva de causa ou impulsos anteriores. Para nós expressará a conta de cada um, englobando os créditos e os débitos que, em particular, nos digam respeito. Por isso mesmo, há conta dessa natureza, não apenas catalogando e definindo individualidades, mas também povos e raças, estados e instituições.

O Ministro fez uma pausa, como quem dava a perceber que o assunto era complexo, e continuou;

— Para melhor entender o “carma” ou “conta do destino criada por nós mesmos”, convém lembrar que o Governo da Vida possui igualmente o seu sistema de contabilidade, a se lhe expressar no mecanismo de justiça inalienável. Se no círculo das atividades terrenas qualquer organização precisa estabelecer um regime de contas para basear as tarefas que lhe falem à responsabilidade, a Casa de Deus, que é todo o Universo, não viveria igualmente sem ordem. A Administração Divina, por isso mesmo, dispõe de sábios departamentos para relacionar, conservar, comandar e engrandecer a Vida Cósmica, tudo pautando sob a magnanimidade do mais amplo amor e da mais criteriosa justiça. Nas sublimadas regiões celestes de cada orbe entregue à inteligência e à razão, ao trabalho e ao progresso dos filhos de Deus, fulguram os gênios angélicos, encarregados do rendimento e da beleza, do aprimoramento e da ascensão da Obra Excelsa, com ministérios apropriados à concessão de empréstimos e moratórias, créditos especiais e recursos extraordinários a todos os Espíritos encarnados ou desencarnados, que os mereçam, em função dos serviços referentes ao Bem Eterno; e, nas regiões atormentadas como esta, varridas por ciclones de dor regenerativa, temos os poderes competentes para promover a cobrança e a fiscalização, o reajustamento e a recuperação de quantos se fazem devedores complicados ante a Divina Justiça, poderes que têm a função de purificar os caminhos evolutivos e circunscrever as manifestações do mal. As religiões na Terra, por esse motivo, procederam acertadamente, localizando o Céu nas esferas superiores e situando o Inferno nas zonas inferiores, porquanto, nas primeiras, encontramos a crescente glorificação do Universo e, nas segundas, a purgação e a regeneração indispensáveis à vida, para que a vida se acrisole e se eleve ao fulgor dos cimos. 

(Capítulo 7  — "Conversação preciosa", do livro Ação e Reação, pelo Espírito André Luiz)

&&&

Karma

O termo karma vem de uma palavra em sânscrito e que significa “ação” ou “feito”. Na filosofia hindu e budista, é o princípio de causalidade universal, que afirma que toda ação é causada por uma ação anterior, e por sua vez provoca ações posteriores. Tudo isso acontece agora porque alguma coisa foi feita antes. Conceitos como oportunidade e sorte são incompatíveis com o karma, pois tudo é determinado pela inflexível lei de causa e efeito

As ações tem ligações com outras vidas. O bem e o mal que acontecem ao homem são o que ele mereceu por feitos anteriores; suas ações constituem os elos na corrente que o agrilhoa à roda do samsara, o ciclo sempre repetido de nascimento-morte-renascimento.

Algumas vezes se fala de karma como uma mácula, que a alma adquiriu na Terra, uma mácula que tem de ser erradicada por feitos contrabalanceantes na região terrena.

A doutrina do karma foi submetida a muitas interpretações para tentar definir a natureza precisa de uma ação. Nesse caso, dividiu-a em três partes: o motivo da ação, a própria ação, e as consequências da ação.

Os que enfatizam o motivo da ação como portador de mácula do karma sugerem que, já que o motivo é concebido na mente, a ação está como que realizada, seja realizada ou não. Segundo essa opinião, são os motivos que determinam o karma. Outros acentuam a verdadeira execução da ação, sejam quais forem seus motivos ou consequências. A terceira e última opinião é a de que as consequências determinam a ação e todas ações têm que ser julgadas por seus frutos. 

CAVENDISH, Ricardo (org.). Enciclopédia do Sobrenatural: Magia, Ocultismo, Esoterismo, Parapsicologia. Consultor especial sobre Parapsicologia Professor J. B. Rhine. Tradução de Alda Porto e Marcos Santarrita. Porto Alegre: L&PM, 1993.

&&&

Karma

Entre as noções de religiões e filosofias orientais, a ideia do karma talvez seja a que mais tenha encontrado resposta no mundo ocidental. O termo tem origem no sânscrito karman e foi adotado pela filosofia hindu e budista para explicar a relação entre a causa e o efeito de uma determinada ação sobre o sujeito que a pratica. Dessa forma, chega-se à conclusão de que nada ocorre por acaso. Uma ação é provocada por outra anterior e, por sua vez, provoca uma reação consequente. A sucessão de acontecimentos, segundo esse pensamento, forma o karma.

A noção pressupõe um antecedente, que é a crença nas sucessivas existências da alma, ou a reencarnação, de modo que a série de acontecimentos que um sujeito experimenta em sua vida surge como consequência de atos e ações de sua vida anterior. Da mesma forma, as ações nessa vida irão determinar o andamento da próxima vida do indivíduo. A noção do karma coloca o ser humano, portanto, como o centro da ação, em relação direta com o divino, é verdade, mas como o único responsável pelo que ocorre em sua vida. Ele tem o poder de escolha. A Terra é chamada de karma-bhumi, a "esfera do karma", para onde as pessoas retornam após a morte e onde irão viver melhor ou pior, de acordo com a forma pela qual viveram antes.

Os atos dos seres humanos se tornam responsabilidade deles próprios e a existência deixa de ser o resultado de uma concessão divina, de sacrifícios ou rituais mágicos e religiosos. Existem diferentes interpretações quanto à relação entre karma e a ação humana ou, em outras palavras, como se define o karma e a consequente vida do ser na Terra. Dessa forma, alguns dizem que o simples ato de pensar já implica a realização. Se um determinado ato surge no espírito da pessoa, é como se ele já estivesse cumprido, mesmo que a pessoa não venha a torná-lo real. É o que se costuma chamar de "maus pensamentos" ou a situação definida pela expressão "o que vale é a intenção". Essa forma implica a necessidade do domínio espiritual e mental para se manter na conduta correta, e é justamente por isso que outras pessoas entendem que é absolutamente necessário o cumprimento do ato. Os pensamentos podem ser maus, mas podem não ser transformados em atos ruins, o que significa que a pessoa, afinal, conseguiu se dominar e evitou a ação má.

Outra linha de pensamento entende que um ato só pode ser julgado bom ou ruim a partir de suas consequências, independentemente da intenção da pessoa no momento da ação, o que não deixa de ser estranho. Uma pessoa pode realizar uma ação má, com intenções más, e os resultados podem não ser ruins, devido a uma série de fatores que fogem ao seu controle. (1) 

(1) SCHOEREDER, Gilberto. Dicionário do Mundo Misterioso: Esoterismo, Ocultismo, Paranormalidade e Ufologia. Rio de Janeiro: Record: Nova Era, 2002.

 






03 outubro 2017

Allan Kardec: Nova Luz para a Humanidade

Allan Kardec, pseudônimo de Hippolyte-Léon Denizard Rivail, nasceu em 3 de outubro de 1804, na cidade de Lyon, França. Foi professor, escritor, filósofo e cientista. Desencarnou em 31 de março de 1869. 

A sua estada em nosso planeta propiciou a vinda de uma nova luz, a luz do Espiritismo, uma marco na história da humanidade. Jesus, quando esteve encarnado, disse que mandaria o Consolador Prometido. A Doutrina Espírita é o Consolador Prometido. Contudo, para que isso fosse possível, haveria a necessidade do desenvolvimento das ciências teóricas-experimentais. Os princípios doutrinários do Espiritismo foram cunhados sob as regras do método científico. 

Hoje, 3 de outubro de 2017, a comunidade espírita está comemorando mais um aniversário de nascimento desse nobre espírito, que não mediu esforços para nos trazer os fundamentos do Espiritismo, consoante o aspecto científico, filosófico e religioso. Além disso, documentou todas as ideias para não acontecer o que aconteceu com o cristianismo que, exposto de forma oral, gerou muitas controvérsias.

A Doutrina Espírita, que não é obra de Kardec mas dos Espíritos, oferece-nos a solução para os diversos fenômenos (mediúnicos, morais, antropológicos) que não encontramos em outras doutrinas conhecidas: simultaneidade de pensamentos, simpatias e antipatias, os conhecimentos intuitivos etc. 

Os princípios da Doutrina Espírita foram formulados de acordo com a universalidade do ensinamento, ou seja, por instruções idênticas, dadas em todos os lugares, por médiuns estranhos uns aos outros, isentos de obsessões e assistidos por espíritos esclarecidos. Foram comunicações de cerca de mil Centros Espíritas sérios, disseminados em diversos pontos do globo. (p. 68 da Revista Espírita de 1864) Esta é a única séria garantia na concordância que existe entre as revelações espontâneas, feitas por grande número de médiuns estranhos uns aos outros e em diversas regiões. 

"Foi a universalidade do ensino dos Espíritos que fez a Doutrina Espírita. Cada parte só tem valor e autoridade pela conexão com o conjunto, devendo todas se harmonizar e cada uma chegar a seu tempo e ao seu lugar. Não confiando a um só Espírito o cuidado da promulgação da doutrina, quis, além disso, que o menor, como o maior, entre os Espíritos como entre os homens, trouxesse sua pedra ao edifício, a fim de estabelecer entre eles um laço solidariedade cooperativa, que faltou a todas as doutrinas saídas de uma fonte única". (p. 284 da Revista Espírita de 1867)

Qual foi o papel de Allan Kardec? Nem de inventor, nem de criador. Apenas observou, estudou e organizou os fatos com cuidado e perseverança, deduzindo-lhes as consequências. Uma reflexão sobre essas consequências muda inteiramente a maneira de encarar o futuro. A vida futura não é mais uma hipótese, é uma realidade, pois o estado das almas após a morte é fruto de observação. 

Reverenciemos Allan Kardec e a plêiade de Espíritos que o auxiliaram na disseminação da ideia espírita.  

30 agosto 2017

Cólera

Cólera. Reação emotiva de raiva violenta. A malquerença, o ódio, o rancor e os pensamentos de vingança são forças negativas que destroçam o equilíbrio mental, espiritual e até mesmo físico de quem as alimenta. Raiva. Irritação violenta, ódio, furor, mágoa. Aversão de alguma coisa ou de alguém.

Este título refere-se às instruções dos Espíritos, contidas no capítulo IX – “Bem-Aventurados Aqueles que São Brandos e Pacíficos”, de O Evangelho Segundo o Espiritismo. Registremos um trecho: “O orgulho leva a vos crer mais do que sois; a não poder sofrer uma comparação que possa vos rebaixar; a vos considerar, ao contrário, de tal modo acima de vossos irmãos, seja como espírito, seja como posição social, seja mesmo superioridade pessoal, que o menor paralelo vos irrita e vos fere; e o que ocorre então? Entregai-vos à cólera”. 

De acordo com os pressupostos espíritas, fomos criados simples e ignorantes, mas com a determinação de nos tornarmos perfeitos. Por isso, o apelo de Cristo para que sejamos perfeitos como perfeito é o nosso Pai Celestial. O Espírito André Luiz, em Evolução em Dois Mundos e Allan Kardec, em O Livro dos Espíritos, instruem-nos sobre a nossa evolução espiritual, desde os primórdios da criação. No início, éramos guiados pelos nossos protetores espirituais. Ao adquirirmos o livre-arbítrio, o pensamento contínuo e a razão, houve a possibilidade da escolha, com seus erros e acertos.

Cólera, vingança e raiva são emoções que ainda estão no porão do desenvolvimento espiritual. Em termos evolutivos, são os resquícios de nossa animalidade. A origem desses acessos de demência encontra-se quase sempre no orgulho ferido. Um grito de cólera é um raio mortífero que penetra o círculo de pessoas em que foi proferido ocasionando doenças, desgostos e muitas dificuldades. 

O antídoto é a prática da humildade. Estamos habituados a agir mais em função da emoção do que da razão. Há, também, contra o nosso progresso os automatismos nos vícios de diversas espécies. Como a cólera é oposto da humildade, esforcemo-nos para edificar essa virtude em nossa alma, pois, como se diz, a humildade é o fundamento de todas as virtudes. Para tanto, façamos ao contrário do orgulhoso: aceitemos de bom grado a crítica, a admoestação, a opinião contrária. 

Para nos protegermos da cólera, leiamos algumas mensagens espíritas. Eis algumas sugestões, extraídas do livro Palavras da Vida Eterna, pelo Espírito Emmanuel: "Rixas e Queixas" (lição 173), "Combatendo a Sombra" (lição 31) e "Acalma-te" (lição 33). Nelas, percebemos que se houver problemas com familiares difíceis, pessoas que nos apedrejam, vizinhos que não nos deixam dormir, mesmo assim, emitamos vibrações de paz e amor para todos eles.

Em qualquer ataque de cólera, reflitamos sobre a nossa pequenez diante do Todo Poderoso. Ao mesmo tempo, peçamos forças ao Alto para vencermos este vício de conduta e de comportamento. 


19 julho 2017

Emmanuel, Espírito

Emmanuel foi o Espírito iluminado, guia de Francisco Cândido Xavier, responsável perante a Hierarquia Espiritual que nos governa, por todo trabalho mediúnico que se inicia nas terras do Cruzeiro. A relação entre Emmanuel e Francisco Cândido Xavier vem de longa data. Em "Na Intimidade de Emmanuel", parte inicial do livro Há Dois Mil Anos, conta-se que os dois viveram juntos na época de Jesus (Emmanuel era Públio Lentulus; Chico, sua filha, Flávia Lentúlia). 

Quando solicitado a se identificar, alegou razões particulares, mas acabou afirmando ter sido padre católico desencarnado no Brasil. Deduz-se que tenha sido Padre Manoel da Nóbrega, grande Espírito que se devotou à nossa Pátria, sendo o primeiro missionário do Evangelho, o primeiro educador. Mais: na Wikepédia, há dez supostas reencarnações de Emmanuel. 

O encontro de Públio Lentulus com Jesus deu-se em circunstância especial. Sua esposa, Lívia, estivera nas pregações de Jesus. Em virtude da doença de sua filha, Flávia, e incentivada pela esposa, busca esse encontro em que mais ouve do que fala. Jesus diz: — "Senador, por que me procuras?"... Depois, — "Sim... Não venho buscar o homem de Estado, superficial e orgulhoso"..., mas atender às súplicas de tua mulher. (p. 85e 86 de Há Dois Mil Anos)

A importância de Emmanuel no desenvolvimento das ideias espíritas no Brasil é bastante significativa, pois produziu, por intermédio de Chico, as mais variadas páginas sobre os mais diversos assuntos. A tônica do Evangelho lhe dá um realce especial, principalmente nos comentários acerca das citações do Novo Testamento (Fonte VivaVinha de LuzPalavras da Vida Eterna etc.)

Reverenciemos esse nobre espírito e aprendamos com ele, nas suas fraquezas e na sua luta pelo progresso espiritual.

Fonte de Consulta

CAMPOS, Pedro de. Lentulus: Encarnações de Emmanuel. São Paulo: Lúmen, 2009.

TAVARES, Clóvis. Amor e Sabedoria de Emmanuel. Araras/SP: Ide, 2009. 




16 julho 2017

Culpa

Culpa. Emoção autoconsciente de ter pensado ou feito algo errado. Ação repreensível praticada contra a lei ou a moral; falta; delito, crime; pecado. Culpado é aquele que, por um desvio, por um falso movimento da alma, se afasta do objetivo da Criação. Em direito, conjunto de requisitos que tornam reprovável a conduta do agente, dirigida à produção de um fato ilícito e que, se este fato é um crime, são uma condição necessária para a aplicação de uma pena.

sentimento de culpa é a compreensão de que se violou um princípio ético ou moral. É um colapso da consciência e, através dele, sombrias forças se insinuam. Na psicologia, espécie de "complexo inconsciente de acusação" (Baruk) que faz com que, em certos psicopatas (melancolia, esquizofrenia), o doente experimente dor moral por certas faltas que, muita vez, não cometeu.

Comparando culpado e inocente, verificamos que as consequências na vida futura são bem distintas. Os culpados erram nas trevas; os bem-aventurados gozam de felicidade. O mau é atormentado por remorsos e pesares; os bons recolhem a paz dos eleitos. Não pensemos, porém, que a reencarnação é um castigo e somente os Espíritos culpados estão sujeitos a sofrê-la. A reencarnação é, antes de tudo, uma oportunidade de progresso do Espírito imortal. 

O Espírito Joanna de Ângelis, no livro Momentos de Meditação, ensina-nos que "A culpa surge como forma de catarse necessária para a libertação de conflitos. Encontra-se insculpida nos alicerces do espírito e manifesta-se em expressão consciente ou através de complexos mecanismos de auto-punição inconsciente".

Diante de um culpado, não digamos: "Teve o que mereceu". Melhor seria dizer: "Que meios o Pai me colocou nas mãos para auxiliar?" 


&&&

— O sentimento de culpa é sempre um colapso da consciência e, através dele, sombrias forças se insinuam... Zulmira, pelo remorso destrutivo, tombou no mesmo nível emocional de Odila e ambas se digladiam num conflito de morte, inacessível aos olhos humanos comuns. É um caso em que a medicina terrestre não consegue interferência. 

— A violência não ajuda. As duas se encontram ligadas uma a outra. Separá-las à força seria a dilaceração de consequências imprevisíveis. A exasperação da mulher desencarnada pesaria demasiado sobre os centros cerebrais de Zulmira e a lipotimia poderia acarretar a paralisia ou mesmo a morte do corpo. (Capítulo III — "Obsessão", do livro Entre a Terra e Céu, pelo Espírito André Luiz)


Justiça e Vingança

"A justiça é a vingança do homem em sociedade, como a vingança é a justiça do homem em estado selvagem." (Epicuro)

Justiça. Designa por um lado o princípio moral que exige o respeito da norma do direito e, por outro, a virtude, que consiste em respeitar os direitos dos outros. Vingança. Ação ou efeito de vingar ou de vingar-se; represália; desforra, desforço; vindita. Em se tratando do desejo de vingança, ele é condenado pela Igreja e proibido pelo Evangelho com a abolição da lei de talião.

Entre os vários pensamentos sobre justiça e vingança, anotamos: "se a vingança é chamada de justiça, então dessa justiça irá nascer ainda mais vingança"; "não confundamos as verdades. o que é certo é certo. Vingança não serve para nada, estraga quem sente"; "os fracos acham que fazer a Justiça é fazer vingança, já os fortes acham que a própria vingança é uma Justiça".

Muitos filmes, principalmente os faroestes americanos, enaltecem a vingança daqueles que sofreram "com ataques de bandidos". Há, também, a alusão do poeta em que a vingança agrada ao coração. Quando alguém faz essa afirmação é porque desconhece que não é só crime, mas incompreensão absurda. Além do mais, enquanto a alma conservar o sentimento de vingança, ficará nos porões do mundo dos Espíritos. 

Em se tratando de Deus, será que ele se vinga? Quem assim pensa, está longe da compreensão das leis naturais, inscritas em nossa consciência. Se um pai se vinga do filho levanta indignação, o que se dirá de Deus, o Criador do Universo? 




10 julho 2017

O Que É o Espiritismo (Livro)

Allan Kardec, preocupado com a falta de profundidade dos estudos espíritas, os quais demandam tempo de pesquisa e maturação das ideias, publicou o livro Qu'est-ce que le Spiritism? (O Que É o Espiritismo) em 1859, onde apresentou resumidamente as respostas a algumas das principais perguntas que lhes eram dirigidas.

"O Que É o Espiritismo" é um resumo dos princípios da Doutrina Espírita e respostas às principais objeções. É uma introdução ao conhecimento do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos. Em linhas gerais, temos os diálogos com o crítico, o cético e o padre, os fenômenos mediúnicos, a conceituação do que é o Espiritismo e sua diferença com relação ao espiritualismo, a Sociedade Espírita Parisiense, entre outros. 

No preâmbulo, diz que "o Espiritismo é, ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência prática ele consiste nas relações que se estabelecem entre nós e os Espíritos; como filosofia, compreende todas as consequências morais que dimanam dessas mesmas relações". Daí, podemos defini-lo como uma "ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de sua relação com o mundo corporal". 

Nos três diálogos, salientamos:

  • crítico. O visitante se considerava ex-professo. Allan Kardec indaga, então, se ele estudou o assunto sob todas as faces, fez todo o tipo de leitura, analisou e comparou as diversas opiniões, e nada desprezou para chegar à verdade. 
  • cético. O erro de todos está em crerem que a fonte do Espiritismo é uma só, e que se baseia na opinião de um só homem. O Espiritismo, pelo contrário, encontra-se em toda a parte, pois em qualquer lugar os Espíritos podem se manifestar. 
  • padre. Não se pode qualificar de demoníaco um ensino que se apoia sobre a mesma autoridade e que proclama a missão divina do fundador do Cristianismo. 

Este livro tem outros temas interessantes: loucura, suicídio e obsessão, escolhos da mediunidade, as razões de usar o termo "Espiritismo" em vez de "espiritualismo", explicação sobre quem são os médiuns, sobre a questão das reuniões frívolas etc. 

Para quem não leu, vale a pena ler; para quem já leu, a releitura traz-nos novas incursões ao conhecimento espírita.  


05 julho 2017

Apometria

Apometria - do grego apo, "além de", e metron, "medida", significa um conjunto de práticas visando tratamento a distância. É uma técnica de desdobramento dos corpos sensoriais, que utiliza a Impulsoterapia (técnica de contagem com impulsos) e a energia mental e universal. Técnica de cura anímico-mediúnica de desdobramento de alguns de nossos corpos: duplo etérico, astral inferior, mental superior, buddico e atmico. 

O pai da apometria é o Dr. José Lacerda de Azevedo que, em 1975, recebeu instruções através do desdobramento astral, e tem por objetivo os tratamentos de doenças físicas e espirituais, aparelhos parasitos, reequilíbrio dos nossos corpos, despolarização dos estímulos de memória, obsessores, goecia, arquepadia e desmanchar bases no umbral.

A apometria assenta-se em algumas leis: desdobramento espiritual, acoplamento físico, ação à distância pelo espírito desdobrado, condução do espírito desdobrado, de paciente encarnado, para os planos mais altos, em hospital do astral, Formação e Dissociação das Personalidades Múltiplas,sucessivas, vividas em outras existências, entre outras. 

A apometria poderia ser arrolada como uma doutrina espiritualista, pois é uma mescla de vários elementos, vindos da teosofia, do esoterismo, da umbanda e do Espiritismo. Usa a cromoterapia, a cristalterapia, os elementais, magia branca, magia negra etc. 

Será que, além das práticas dos passes e dos trabalhos de desobsessão, deveríamos acrescentar as da apometria? Não estaríamos confundindo as práticas espíritas? Observe o seguinte: definir é buscar o gênero próximo e a diferença específica; o gênero próximo do espiritismo é o espiritualismo; diferença específica está assentada nos princípios codificados por Allan Kardec. 

Um exemplo: José Herculano Pires, no livro "Mediunidade", situa os vários conceitos de mediunidade: é uma manifestação dos poderes cerebrais do homem; eclosão dos resíduos animais de percepção sem controle dos órgãos sensoriais específicos; é uma energia ainda desconhecida do córtex cerebral; é o produto do inconsciente excitado; é uma forma ainda não estudada da sugestão hipnótica. Ninguém se lembra da explicação simples e clara de Kardec: é uma faculdade humana

Em vista do exposto, procuremos separar o espiritualismo do Espiritismo, a fim de realçar a ideia espírita, ideia solidificada pela codificação da Doutrina Espírita, a partir de 1857. 





17 junho 2017

Espiritismo: Ontem, Hoje e Amanhã

Espiritismo – como doutrina elaborada por Allan Kardec – surgiu em 18 de abril de 1857, data da publicação de O Livro dos Espíritos, base do edifício espírita, pois ali estão expostos seus princípios fundamentais: Deus, Espírito, pluralidade dos mundos habitados, reencarnação, entre outros. A terminologia é recente, contudo a ideia espírita é obra de toda a humanidade. Vem formando-se lentamente através dos tempos.

Allan Kardec, na Revista Espírita de 1858 (p.216), afirma que o Espiritismo faz parte da natureza e é praticado desde a mais alta antiguidade. Em algumas das 11 revistas (1858-1868), estabelece as duplas ligações do Espiritismo com o Cristianismo, de um lado, e com o Druidismo, de outro. Além disso, aponta na introdução de O Evangelho Segundo o Espiritismo, que Sócrates (470-399 a. C.) e Platão (427-347 a. C.), filósofos gregos da Antiguidade, são considerados os precursores do Espiritismo e do Cristianismo.

O fenômeno de Hydesville de 31 de março de 1848, nos Estados Unidos, com a brincadeira de bater na parede para se comunicar com o Espírito Charles Hosma, deu origem ao moderno espiritualismo. Depois desse episódio, assistimos à febre das experiências com as mesas girantes, que se alastrou pelo mundo todo. Este é o marco inicial do Espiritismo codificado por Allan Kardec.

Na divulgação do Espiritismo, os Centros Espíritas desempenham papel importante, pois é dentro desse recinto que se desenvolvem as práticas espíritas: passes, trabalhos de desobsessão, assistência social etc. Na Internet, há diversas publicações de estudo e pesquisa sobre a ideia espírita, em que se procura esmiuçar temas doutrinários diante da ciência e da filosofia.

Allan Kardec, na Revista Espírita de 1858 (p.250), assinala quatro fases para a propagação da Doutrina:1) Curiosidade – os Espíritos batedores chamam a atenção ao fenômeno, preparando os caminhos futuros; 2) Observação – o Espiritismo entra no período filosófico. Pelo aprofundamento, tende á unidade; 3) Admissão – o Espiritismo ocupará lugar oficial entre as crenças universalmente reconhecidas; 4) Influência sobre a ordem social – sob a influência dessas ideias, a humanidade entrará em novo caminho moral. O futuro do Espiritismo está vinculado à renovação social.

Na pergunta 798 de O Livro dos Espíritos, há a afirmação de que o "Espiritismo se tornará crença geral e marcará nova era na história da humanidade, porque está na Natureza e chegou o tempo em que ocupará lugar entre os conhecimentos humanos". A crença geral não significa que o Espiritismo irá substituir todas as religiões, mas que a sua luz servirá para todas. O Espiritismo influenciará não só as religiões, mas todas as organizações terrestres, governamentais e não-governamentais, porque, quando cada indivíduo receber esta influência, passá-la-á, necessariamente, para a sociedade em que vive.

Busquemos o conhecimento inspirando-nos nas luzes da razão espírita. Hoje, mais do que nunca os seres humanos precisam da universalidade dos preceitos doutrinários espíritas.


08 maio 2017

Evasão de Pessoas na Casa Espírita

"Menos com mais qualidade é preferível a mais com menos qualidade."

Allan Kardec, quando codificou a Doutrina dos Espíritos, chamou-nos a atenção para o problema do proselitismo, pois achava que se alguém se interessava pelo espiritismo devia fazê-lo segundo sua vontade e desejo. Nesse caso, não ia à busca das pessoas para deixarem a sua doutrina e seguir a do Espiritismo. Para ele, ser espírita é um questão de fórum pessoal, não imposto por terceiros.

Podemos, como dirigentes de Centro Espírita, nos preocupar com a evasão de frequentadores e colaboradores; contudo, há limites para tal preocupação. Antes de qualquer coisa, convém verificar as razões pelas quais as pessoas estão deixando de frequentar a Casa Espírita. Quantas não são as pessoas que não saem por que têm medo de serem assaltadas? Há local para estacionar o veículo?

Suponha que os tarefeiros estejam saindo para revigorar outras Casas Espíritas, que se localizam nas proximidades de suas residências. O que isso nos mostra? Que o nosso trabalho está se expandindo. Por que? Aquilo que a pessoa aprendeu num Centro Espírita está sendo difundido em outro Centro Espírita. O que parecia uma perda é uma multiplicação. 

Suponha que a pessoa tenha realmente desistido da causa espírita. Mesmo assim não com que se preocupar, pois chegado o momento ele voltará à causa espírita. Tenhamos em conta que cada um de nós está num nível de entendimento e não nos cabe julgar o procedimento deste ou daquele. Contudo, façamos sempre o melhor para que a pessoa não foi embora por causa de nos imprevidência.

O esforço para compreender a evasão é muito louvável, mas não nos esqueçamos de que os amigos espirituais estão sempre nos secundando, assessorando, auxiliando o nosso trabalho, pois o trabalho também é deles que querem que a Doutrina Espirita possa ser  passada para uma grande maioria de pessoas. 


19 abril 2017

Mente Sã em Corpo São

Mente é a potência intelectual da alma. É um fenômeno complexo que se associa ao pensamento. É uma faculdade do cérebro que permite ao ser humano compilar informação, analisá-la e extrair conclusões. Corpo tem várias acepções. Em se tratando do corpo humano, ele é composto pela cabeça, pelo tronco e pelos membros (inferiores e superiores). No que diz respeito aos seus principais elementos químicos, pode-se destacar o hidrogênio (63%) e o oxigênio (25%). 

A origem da frase "mente sã em corpo são" é proveniente da Sátira X do poeta romano Juvenal. Ele salienta que, na oração, os indivíduos deveriam pedir principalmente saúde física e espiritual e não as futilidades costumeiras. Hoje, esta frase expressa a íntima relação entre mente e corpo: para que a mente funcione a todo vapor, o corpo deve estar são e vice-versa. Deve-se, assim, buscar um equilíbrio saudável na maneira de viver. 

A relação que podemos estabelecer entre mente e corpo é muito simples: na mente, temos os processos e atividades que, na sua maioria, são de caráter cognitivo; no corpo, as condições, os meios para ela se expressar, principalmente através do cérebro. Cuidar bem do cérebro ajuda enormemente a manifestação de nossa mente.   

Exercitar o cérebro ajuda a mente. No livro Um Cérebro para a Vida Inteira, há diversos exercícios para fortalecer o cérebro e, com isso, auxiliar a mente: respiração, flexões, posturas etc. Além disso, há algumas resoluções diárias que poderiam nos ajudar substancialmente: substituir o elevador pela escada, fazer curtas e longas caminhadas etc. 

O Espiritismo, pelos seus princípios diretores, dá-nos informações valiosas sobre as influências negativas que podemos evitar através de uma prece, de uma meditação e da humildade ante uma desilusão.


07 fevereiro 2017

Desafio

De acordo com orientações espirituais, o ano de 2017 deve ser visto como um desafio: transformar o apelo material em apelo espiritual. Nesse sentido, os Centros Espíritas têm papel relevante, pois os seus colaboradores precisam de muita paciência, compaixão e compreensão para atender as pessoas ansiosas pelas coisas do espírito, cujo entendimento está muito distante dos pressupostos da Doutrina Espírita.

A vida espiritual não se faz de um dia para o outro. Muitos querem se libertar do vício e das suas idiossincrasias apenas com um toque de mágica. Ainda não percebem que o progresso é uma luta árdua para vencer o desânimo, a má vontade e os revezes da sorte. Pensam: se eu tomar uns passes e fizer alguns cursos já estarei com o passaporte em mãos para entrar no mundo espiritual superior. 

O Evangelho propõe-nos vigiar os pensamentos. Por quê? Tudo tem origem no pensamento. Há um insight que cria forma, materializa-se e manifesta-se no seio da sociedade. Mantendo o nosso pensamento focado no progresso espiritual, teremos mais condições de vencer os obstáculos que se nos apresentam, pois as "tentações" não encontrarão campo, brecha para atrapalhar a nossa jornada evolutiva. 

Tendo em mente que o conhecimento que adquirimos tem que nos tornar mais leves, mais soltos e mais desapegados do supérfluo, urge refletirmos sobre nossa conduta em relação ao que a espiritualidade está exigindo de nós e o que estamos acrescentando à vida. Lembremo-nos da frase evangélica: "Ao que muito foi dado muito será exigido e mais lhe será acrescentado". 

A jornada terrestre é como uma viagem que fazemos: quanto menos bagagem, menos peso temos que levar. O caminho a percorrer não deve ser tratado como uma fuga para lugares irreais, mas como um retorno ao nosso eu, a fim de encontrar a razão e a força para nos descobrirmos à verdade.