11 janeiro 2016

Memórias de Um Suicida (Livro)

O livro Memórias de um Suicida está dividido em três partes: na primeira, trata dos Réprobos (7 capítulos); na segunda, dos Departamentos (8 capítulos); na terceira, da Cidade Universitária (7 capítulos). Numa passada de olhos pelos títulos dos capítulos, percebemos a situação dos réprobos, a existência de um hospital, o manicômio, os prelúdios da reencarnação, a justiça divina, o "vinde a mim" e, em especial, o convite para que o homem conheça a si mesmo e liberte-se de seu passado tenebroso. 

Embora a obra tenha sido publicada como mediúnica, Yvonne A. Pereira (médium) diz que as suas páginas não foram rigorosamente psicografadas, pois ela via e ouvia as cenas que foram descritas. Foi auxiliada pelo Espírito Léon Denis que, na segunda edição, revisou todo o material e suprimiu os excessos de vocabulário e acúmulos de figuras representativas.

O livro trata dos Espíritos que cometeram suicídio e, em especial, do romancista Camilo Castelo Branco, cuja médium preferiu chamá-lo de Camilo Cândido Botelho. O nome que se usa para caracterizar os que cometeram o suicídio é "réprobo". Detalhe: o suicídio de Camilo derivou-se da revolta em se encontrar cego. 

O primeiro capítulo é dedicado ao vale dos suicidas. É o lugar em que se encontram os suicidas. Pequena descrição: “gargantas sinuosas e cavernas sinistras, no interior das quais uivavam, quais maltas de demônios enfurecidos, Espíritos que foram homens, dementados pela intensidade e estranheza, verdadeiramente inconcebíveis, dos sofrimentos que os martirizavam”.

Os Espíritos são sempre auxiliados. Há o Hospital Maria de Nazaré, que funciona como "Hospital Matriz”, e não se rodeia de qualquer barreira. Apenas árvores frondosas, tabuleiros de açucenas e rosas teciam-lhe graciosas muralhas. Há, também, a Legião dos Servos de Maria, Espíritos abnegados que sondam o íntimo de cada um. De acordo com o progresso realizado, transferem-nos para outros campos de aprendizado.

No campo doutrinário espírita, uma grande descoberta, ou seja, o conhecimento de que o “corpo astral”, isto é, o perispírito – ou ainda o “físico-espiritual” – não é uma abstração, figura incorpórea, etérea, como a maioria supõe. Ele é, ao contrário disso, organização viva, real, sede das sensações, na qual se imprimem e repercutem todos os acontecimentos que impressionem a mente e afetem o sistema nervoso, do qual é o dirigente.

A leitura deste livro é de suma importância, pois a grande surpresa para os que cometem suicídio é continuarem vivos. 

PEREIRA, Yvonne A. Memórias de um Suicida (Obra Mediúnica). Rio de Janeiro: FEB, 1980.






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