18 abril 2015

18 de Abril, Dia Nacional do Espiritismo

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No Brasil, o Dia do Espírita é comemorado em 18 de abril.

O Espiritismo é a doutrina codificada por Allan Kardec. 18 de abril é uma data relevante, pois expressa a primeira edição de O Livro dos Espíritos, em 1857. A doutrina, de tríplice aspecto (filosofia, ciência e religião), tem por objetivo buscar uma melhor compreensão do mundo e das relações dos encarnados com os desencarnados. 

A base desta doutrina assenta-se, principalmente, nas cinco obras: O Livro dos Espíritos, O Livros dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno, e A Gênese. Segundo Kardec, esta é uma doutrina que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, assim como também da forma como eles se relacionam com o mundo corporal e suas consequências. Os espíritas acreditam na possibilidade de comunicação com os Espíritos através de médiuns. 

Os princípios da Doutrina Espírita, quando bem conhecidos e meditados, ajudam-nos sobremaneira em toda e qualquer situação, pois são a base para a clareza e a justiça de nossas ações. Além do mais, estão alicerçados também na moral evangélica trazida por Jesus Cristo. 

 



14 abril 2015

Globalização, Civilização e Espiritismo

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globalização, que alguns preferem chamar de mundialização, não é fenômeno apenas dos dias presentes. Desde a antiguidade, vemos que há esforços para a universalização dos conhecimentos adquiridos em economia, direito, política, religião, entre outros. Historicamente, a imprensa teve um papel relevante, pois permitiu que, depois da sua invenção, o conhecimento se tornasse popular e pudesse atingir a todos, inclusive os mais simples.

A globalização tem relação com o progresso técnico. As novas tecnologias, que que permitem substituir a mão de obra pela máquina, propiciando ao ser humano mais tempo livre, vieram para ficar. Querer deter essa marcha é como remar contra a correnteza. O grande problema é que esse progresso não está sendo revertido integralmente para o ser humano, porque provoca desemprego, o qual tira a autonomia do ser vivente. 

Globalização e progresso têm relação com a civilização. A civilização vem do latim civilis, cidadão, civil. Etimologicamente, o termo significa ação de civilizar, de transmitir padrões de vida, reputados civis, por oposição a bárbaros, selvagens. Em seguida, civilização passou a designar o conjunto de características das sociedades julgadas mais evoluídas, tanto científica quanto tecnicamente, e pelo caráter mais racional de sua composição política, econômica e social.  

Diante das invenções e dos progressos científicos constantes, o indivíduo sente-se sozinho e desorientado. Falta-lhe o valor ético e moral para lhe dar guarida. Observe aos desmandos governamentais – corrupção e má gestão dos recursos públicos – pelos quais o Brasil está passando. O que está faltando aos nossos gestores? Não seria a falta dos princípios éticos e morais, principalmente aqueles trazidos por Jesus no Sermão do Monte? 

Allan Kardec, em O Livro dos Espíritos e O Evangelho Segundo o Espiritismo, traz-nos diversas informações sobre essas e outras questões. Em linhas gerais, os Espíritos superiores instruem-nos que cada um de nós deve construir o seu destino de acordo com a Lei Natural, que o adverte quando dela se desvia. Esses Espíritos estão sempre nos estimulando ao progresso e, mesmo quando nos afastamos da Lei, eles estão nos inspirando o pensamento para o bem, que é a meta por excelência do ser humano.  

Neste mundo confuso e globalizado, urge vivenciarmos e comunicarmos as ideias morais, baseadas nos ensinamentos trazidos por Jesus Cristo, para que possamos melhorar o padrão vibratório do nosso Planeta Terra. 




09 abril 2015

O Médium e o Intercâmbio

FotoA mediunidade é meio de comunicação com os Espíritos, é um instrumento que necessita de aperfeiçoamento. Por isso, a importância dos cursos nos Centros Espíritas, principalmente os de Educação Mediúnica, bem fundamentados e com bons instrutores, para que os fundamentos doutrinários do Espiritismo sejam comunicados na sua maior pureza.

Hoje, observa-se que o progresso em todos os campos científicos depende em grande medida da capacidade de instrumentalização do ser humano. O que seria da Astronomia se ainda observássemos o espaço com as lunetas de Galileu? E da medicina, sem as imagens computadorizadas? E a comunicação de ideias, sem os recursos da Internet? Do mesmo modo, o médium precisa melhorar o seu instrumento, a sua capacidade de se comunicar com os Espíritos, principalmente calcada na moral elevada, aquela ensinada pelo mestre Jesus. 

Allan Kardec, em O Livro dos Médiuns, fala-nos do processo histórico da mediunidade que, na época, pela falta dos médiuns mais aptos, utilizou os iletrados. Hoje os Espíritos são mais exigentes e, dessa forma, irão procurar os médiuns que têm um arquivo mental mais apropriado ao intercâmbio de suas ideias. A alegação de que o médium iletrado é uma prova da mediunidade não se justifica, pois sabemos que, embora iletrado nesta encarnação, ele vai buscar as informações numa de suas encarnações passadas e, com isso, passar a mensagem.

O bom médium é aquele que se esforça por progredir tanto moralmente quanto intelectualmente. Embora a mediunidade não dependa da moral, urge reconhecer que o médium de moral elevada estará mais apto a se comunicar com os Espíritos superiores. Por essa razão se diz que há a mediunidade com Jesus e mediunidade sem Jesus, ou seja, a mediunidade com Jesus inspira um grau maior de credibilidade. 

No intercâmbio mediúnico, além da necessidade contínua do seu aperfeiçoamento, o médium deve também se precaver dos elogios. Às vezes, provoca-os; outras vezes, recebe-os gratuitamente. De qualquer forma, Lembremo-nos do arrependimento de Allan Kardec: "Mais de uma vez tivemos motivo de deplorar elogios que dispensamos a alguns médiuns, com o intuito de animá-los" (O Livro dos Médiuns, nº 228).

Façamos como Pietro Ubaldi, que buscava sempre elevar-se para entrar em contato com os Espíritos superiores. A sua passividade era uma passividade ativa e não passiva. 

Fonte de Consulta

SOUZA, Elzio Ferreira de (Psicodigitação e notas). Convite à Reflexão, pelo Espírito Deolindo Amorim. São Paulo: Instituto Lachâtre, 2012 (capítulo 13 Instrumentação Mediúnica). 

04 abril 2015

Allan Kardec Está Ultrapassado?

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Allan Kardec havia assinalado que a Doutrina Espirita é uma só. Podem existir escolas, mas não seitas. Nem sempre as ideias que surgem são realmente novas; muitas vezes elas precisam revestir-se das roupas da modernidade, mas continuam as mesmas ideias, sem nada modificar o que é essencial.

Não há necessidade de se repetir textualmente os ensinamentos de Allan Kardec para se dizer espírita. Observe que muitos citam as obras consideradas básicas do Espiritismo sem as ter consultado e muitos que as leram não assimilaram o seu espírito, pois não se encontravam preparados para tal façanha. Uma informação pode ser memorizada e passada aos outros. É um bom trabalho, mas não quer dizer que o transmissor tenha absorvido o seu conteúdo doutrinal. 

Ao estudarmos a obra de um autor, precisamos penetrar na essência de seu pensamento, repassando-o aos outros de forma criativa e pioneira. Em A Gênese, Kardec insistiu no fato de haver a revelação divina e a revelação humana. Quer dizer, ao lado das instruções dos Espíritos, havia a necessidade do trabalho de pesquisa (ciência) do ser humano. Estas são as características do método kardecista que fixa as distinções entre o Espiritismo e as demais filosofias e religiões na análise dos fenômenos mediúnicos. 

Há necessidade, também, de distinguir as ideias próprias de Allan Kardec daquelas veiculadas pelos Espíritos. Em A Gênese, distinguiu o pensamento dos autores espiritualistas e o ensino dos Espíritos já submetidos à triagem, com a intenção de separar o que era doutrinário daquilo que poderia vir a ser. Em Obras Póstumas recolheu os artigos encontrados em seu gabinete, os quais, evidentemente, não passaram pelo seu crivo final. 

O Espírito Deolindo Amorim, no capítulo 8 "Kardec e Jesus", de Convite à Reflexão, diz:

"Constitui uma temeridade descartar a autoria de Kardec de certos textos para concedê-lo aos Espíritos: como ele mesmo asseverou, eram trabalhos iniciais de aplicação dos princípios doutrinários. Por não fazerem esta distinção, muito mal entendido tem sido gerado na doutrina, e alguns chegam dizer que Kardec está ultrapassado, sem especificarem ao menos se, com isto, se referem ao ensinamento dos Espíritos, às lições particulares de Kardec, à sua metodologia, e, o que é pior, em que pontos estaria ultrapassado(grifo nosso) Kardec não se dispôs a estudar todos os assuntos que a convivência com os espíritos suscitara, e nem teria tempo para realizar tal empreendimento, nem proclamou ter posto um ponto final na Doutrina Espírita". 

Todo o esforço doutrinário perderia a razão se não houvesse as aplicações do Evangelho de Cristo. Em outras palavras, sem as lições do Evangelho os frutos do Espiritismo não amadureceriam plenamente. 

Fonte de Consulta

SOUZA, Elzio Ferreira de (Psicodigitação e notas). Convite à Reflexão, pelo Espírito Deolindo Amorim. São Paulo: Instituto Lachâtre, 2012.