09 junho 2014

Fecundidade, Fertilidade

Fecundação é o fenômeno terminal da reprodução sexual do seres vivos. Fértil é aquilo que é capaz de desempenhar funções de reprodução. Fertilidade é a capacidade de reprodução de um indivíduo. A fecundação ou fertilização processa-se da seguinte forma: as células masculinas – espermatozoides – fecundam as células femininas – óvulos. Nas plantas e animais inferiores, tanto os órgãos masculinos como os femininos podem encontrar-se em um único indivíduo. 

Quando os indivíduos masculinos e femininos não conseguem reproduzir por intermédio das relações sexuais, a ciência médica oferece a fecundação artificial. O que é? É quando se procura aproximar os espermatozoides e os óvulos fora de qualquer relação sexual. Modernamente, a fecundação artificial (in vitro) é realizada numa cuba de laboratório (a proveta).

Ao analisarmos o tema segundo a ótica espírita, deparamo-nos com: 

1) Segundo o Espiritismo, a vida segue a mesma linha da complexa evolução comprovada pela Ciência. Allan Kardec em A Gênese, o Espírito André Luiz, em Evolução em Dois Mundos, e o Espírito Emmanuel, em A Caminho da Luz, atestam para a formação da camada gelatinosa, depois das altas temperaturas e resfriamento pelo qual passou o nosso planeta, na época de sua constituição, há cinco bilhões de anos. Há o aparecimento do protoplasma e toda a cadeia evolutiva. A diferença entre Ciência e Espiritismo é que o segundo faz intervir a ação dos Espíritos no processo de evolução.

2) De acordo com Allan Kardec, na pergunta 44 de O Livro dos Espíritos, a vida originou-se através da geração espontânea: “A Terra continha os germes, que esperavam o momento favorável para desenvolver-se... Os germes permaneceram em estado latente e inerte até o momento propício à eclosão de cada espécie”.

3) O Espírito André Luiz, no capítulo 18 de Evolução em Dois Mundos, trata da evolução do instinto sexual nos vários reinos da natureza. Por milênios e milênios o princípio inteligente se demorou no hermafroditismo das plantas. Nos protozoários, há ensaios de reprodução monogâmica. Nos animais inferiores, alternam-se os estados de hermafroditismo com os de unissexualidade para que se lhe aperfeiçoasse as características na direção dos vertebrados. No reino hominal, a reprodução sexuada é fator de continuidade dos outros reinos da natureza. Neste reino adquire-se o pensamento contínuo, o livre-arbítrio, a razão.

4) O Espírito Emmanuel, na pergunta 40 de O Consolador, diz-nos que no âmbito das interpretações humanas, os conceitos de fecundidade e esterilidade podem indicar prova. Em termos espirituais, não há esterilidade porque o Espírito encarnado pode se dedicar a outros interesses de evolução, tais como, a arte, a beleza, o aperfeiçoamento. 

5) A reencarnação de Segismundo, estudada nos capítulos 12 e 13 de Os Missionários da Luz, mostra o trabalho que os instrutores espirituais tiveram para manter a reencarnação de Segismundo dentro da normalidade, pois "O pensamento envenenado de Adelino (o que viria a ser seu pai) destruía a substância da hereditariedade, intoxicando a cromatina dentro da própria bolsa seminal".




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