05 fevereiro 2012

Joaquim Mota e a Divulgação do Espiritismo

O Espírito Humberto de Campos (Irmão X), no capítulo 12 (“Espiritismo e Divulgação”), do livro Cartas e Crônicaspsicografado por Francisco Cândido Xavier, relata o caso de Joaquim Mota, espírita de convicção desde a primeira mocidade.

Era espírita, sem a preocupação de militância. Como perdera um amigo, Licínio Fonseca, sentiu-se muito triste e desolado, pedindo, em prece, a possibilidade de ter com o amigo no plano espiritual. O pedido foi concedido. 

Os dois conversaram por longo tempo a respeito da imortalidade da alma, da lei de ação e reação, da necessidade de ajudar ao próximo...

Num dado momento da conversa.

Mota! Mota! Ouça!... Você está certo de que a vida aqui é a continuação do que deixamos e fazemos? já se convenceu de que todos os recursos do plano físico são empréstimos do Senhor, para que venhamos a fazer todo o bem possível e que ninguém, depois da morte, consegue fugir de si mesmo?...

— Sim, sim...

Nesse instante, porém, Licínio desvairou-se. Passeou pelo recinto o olhar repentinamente esgazeado, fêz instintivo movimento de recuo e bradou:

— Fora daqui, embusteiro, fora daqui!...

O visitante, dolorosamente surpreendido, tentou apaziguá-lo:

— Licínio, meu amigo, que vem a ser isso? acalme-se, acalme-se...  Sou eu, Joaquim Mota, seu companheiro do dia-a-dia...

— Nunca! Embusteiro, mistificador!... Se ele conhecesse as realidades que você confirma, jamais me teria deixado no suplício da ignorância... Meu amigo Joaquim Mota é como eu, enganado nas sombras do mundo... Ele foi sempre o meu melhor irmão!... Nunca, nunca permitiria que eu chegasse aqui, mergulhado em trevas!...

 


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