06 setembro 2011

Os Centros de Força

Os centros vitais são fulcros energéticos que, sob a direção automática da alma, imprimem às células a especialização extrema, que possibilita ao homem possuir um corpo denso. Os plexos são redes de cordões vasculares ou nervosos, anastomosados e entrelaçados. Os centros de força são os receptores e transmissores de energia cósmica e espiritual. A palavra chakra é sânscrita e significa roda. Em Espiritismo, deveríamos optar por “centros de força”, pois este é o termo usado na literatura espírita, principalmente nos livros de André Luiz.

Os centros de força estão localizados no corpo espiritual (perispírito). Os plexos, redes de nervos entrelaçados, estão localizados no corpo físico. Os seus pontos correspondentes, localizados no corpo espiritual, são os centros de força. Nesse caso, há uma íntima relação entre os dois, pois o corpo físico influencia o corpo espiritual e, o corpo espiritual, por sua vez, influencia o corpo físico.

coronário é o principal centro de força. Ele está localizado na região central do cérebro, regendo toda a atividade funcional dos órgãos. Além disso, supervisiona, também, os outros centros (cerebral, laríngeo, cardíaco, esplênico, gástrico e genésico), todos interligados entre si.

O centro cerebral, contínuo ao coronário, governa todo o sistema nervoso e a atividade das glândulas endócrinas; o laríngeo, controla a respiração e a fonação; o cardíaco, dirige a emotividade e as forças de base; o esplênico, é útil às atividades do sistema hepático; o gástrico, auxilia a digestão e a absorção de alimentos; o genésico, guia a modelagem de novas formas ou o estabelecimento de estímulos criadores, com vistas ao trabalho, à associação e à realização entre as almas. (1)

Neste estudo sobre os centros de força, lembremo-nos da epífise. Segundo o assistente Alexandre, em Missionários da Luz, o que para a medicina convencional representa controle, é fonte criadora e válvula de escapamento; enquanto as glândulas genitais segregam os hormônios do sexo, a glândula pineal segrega "hormônios psíquicos". Ela conserva ascendência em todo o sistema endocrínico. (2)

O nosso corpo está imerso num fluxo contínuo de energia, quer seja de ordem material, quer seja de ordem espiritual. Sejamos, assim, comedidos em nossa alimentação e em nossas emoções.

Fonte de Consulta

(1) Luiz, A. Evolução em Dois Mundos, cap. II.

(2) Luiz, A. Missionários da Luz, cap. III.

Compilaçãohttps://sites.google.com/view/temas-diversos-compilacao/centros-de-for%C3%A7a



05 setembro 2011

Livro: Lei Divina ou Natural



PALAVRAS DE UM AMIGO
Alguém já argumentou, com propriedade, que “os idealistas são uns poucos que lutam contra a maioria pelo bem de todos”. E o fraterno amigo Sérgio Biagi Gregório é um desses seres humanos que, inspirados pelos Espíritos do bem, se antecipam aos demais, mesmo diante dos naturais obstáculos criados por irmãos ainda obtusos.
Ciente de que a melhor contribuição que se pode dar ao Espiritismo é a sua divulgação a quantos necessitam da descoberta das verdades cristãs, Sérgio Biagi Gregório se pôs a campo. Foi ele que, de forma pioneira em uma Casa Espírita, depois de descobrir a importância da informática na rede mundial de computadores, organizou o “site” do Centro Espírita Ismael, do bairro Jaçanã, na Zona Norte da Capital de São Paulo, nele introduzindo o Curso Básico de Espiritismo e disponibilizando-o para o mundo, em auxílio aos interessados em descobrir, de fato, a Doutrina dos Espíritos.
Além disso, Sérgio Biagi Gregório criou seu próprio “blog”, nele inserindo inúmeros artigos de sua autoria sobre a Filosofia e os princípios do Espiritismo, postos à disposição de quantos queiram raciocinar a respeito de assuntos relevantes para todos as pessoas. E, agora, vem apresentar-nos, em livro, este breve ensaio – “LEIS DIVINAS OU NATURAIS (Segundo a Ótica Espírita)”.
Li o trabalho e gostei. E creio que os leitores se surpreenderão com a forma simples e concisa como o pesquisador e amigo Sérgio Biagi Gregório trata desse tema fundamental do Espiritismo cristão. Minhas congratulações.
BISMAEL B. MORAES
(Mestre em Direito Processual pela USP, um Espírita).


Caso tenha interesse em adquiri-lo, entre em:

http://clubedeautores.com.br/book/50150--Leis_Divinas_ou_Naturais

02 setembro 2011

Parábola do Credor Incompassivo

O Reino do Céu é como um rei que resolveu acertar as contas com seus empregados. Quando começou o acerto, levaram a ele um que devia dez mil talentos. Como o empregado não tinha com que pagar, o patrão mandou que fosse vendido como escravo, junto com a mulher e os filhos e tudo o que possuía, para que pagasse a dívida. O empregado, porém, caiu aos pés do patrão e, ajoelhado, suplicava: 'Dá-me um prazo. E eu te pagarei tudo'. Diante disso, o patrão teve compaixão, soltou o empregado, e lhe perdoou a dívida. Ao sair daí, esse empregado encontrou um de seus companheiros que lhe devia cem moedas de prata. Ele o agarrou, e começou a sufocá-lo, dizendo: 'Pague logo o que me deve'. O companheiro, caindo aos seus pés, suplicava: 'Dê-me um prazo, e eu pagarei a você'. Mas o empregado não quis saber disso. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que pagasse o que devia.

Vendo o que havia acontecido, os outros empregados ficaram muito tristes, procuraram o patrão, e lhe contaram tudo. O patrão mandou chamar o empregado, e lhe disse: 'Empregado miserável! Eu lhe perdoei toda a sua dívida, porque você me suplicou. E você, não devia também ter compaixão do seu companheiro, como eu tive de você?' O patrão indignou-se, e mandou entregar esse empregado aos torturadores, até que pagasse toda a sua dívida. É assim que fará com vocês o meu Pai que está no céu, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão. (Mateus, 18, 23 a 35)

Há uma pergunta que antecede essa passagem: Pedro aproximou-se de Jesus, e perguntou: "Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?" Jesus respondeu: "Não lhe digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete”. (Mateus, 18, 21-22). O número sete e seus múltiplos não estão restritos à medida, ao peso, mas têm conotação moral, ou seja, eles representam um número indeterminado de vezes que devemos perdoar o nosso semelhante.

Nesta parábola, nota-se a grande diferença entre as duas dívidas. O primeiro devia dez mil talentos; o outro, apenas cem dinheiros, uma quantia infinitamente menor. Se a pessoa foi perdoada de uma grande dívida, por que não perdoou uma dívida pequena de seu irmão de jornada? Nota-se que o perdão é o elemento chave nesta história.

O Espírito Emmanuel, em Caminho, Verdade e Vida, e Allan Kardec, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, oferecem-nos subsídios valiosos para uma melhor compreensão deste texto. Emmanuel diz-nos que Deus estabeleceu a lei de cooperação como princípio dos mais nobres. Há um só Pai, que é Deus. Todos somos irmãos que devemos nos ajudar mutuamente. Allan Kardec lembra-nos de dois célebres ensinamentos de Jesus: “amar ao próximo como a nós mesmos”; “fazer aos outros o que gostaríamos que nos fosse feito”.

As duas frases acima resumem todos os nossos deveres para com o próximo. Colocando-as em prática, estaremos contribuindo para uma sociedade mais justa e mais fraterna.

Fonte de Consulta

XAVIER, F. C. Caminho, Verdade e Vida, pelo Espírito Emmanuel. 6. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1973, capítulo, 20.

KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 39. ed. São Paulo: IDE, 1984, capítulo 11.

 

Ectoplasma e Materialização

Na biologia, ectoplasma é a camada periférica hialina do citoplasma que rodeia a zona central do endoplasma. Na parapsicologia, é a substância que é liberada pelo corpo de alguns médiuns durante o transe. Para Charles Richet, é a substância fluídica que emana do corpo do médium e se presta, sobretudo, para a realização de fenômenos de efeitos físicos. Segundo o Assistente Áulus, ectoplasma é matéria em estado de condensação intermediário entre a matéria densa e a perispirítica... amorfo, mas de grande potência e vitalidade... animado de princípios criativos que funcionam como condutores de eletricidade e à vontade do médium que os exterioriza ou dos Espíritos encarnados ou não, que sintonizam com a mente mediúnica, senhoreando-lhe o modo de ser (1).

Numa sessão de efeitos físicos, constata-se a utilização de três tipos de fluidos: fluido A, representando as forças superiores e sutis de nossa esfera; fluido B, que são os recursos dos médiuns e dos companheiros que os assistem; fluido C, energias tomadas da natureza (1).

Um trabalho de efeitos físicos é realizado observando-se os seguintes aspectos: proteção do ambiente, preparação do ambiente, preparação do médium e isolação em relação aos distúrbios. No que diz respeito à proteção e preparação de ambiente, fala-se da ionização da atmosfera, combinando recursos elétricos e magnéticos. Em se tratando da preparação do médium, este é submetido a operações magnéticas destinadas a socorrer-lhe o organismo nos processos de nutrição, circulação, metabolismo e ações protoplásmicas, a fim de que seu equilíbrio fisiológico seja mantido acima de qualquer surpresa menos agradável. No que toca à isolação, os alcoólatras, por exemplo, são cercados por diversos operários espirituais, para que os princípios etílicos não prejudiquem a sessão. (1)

Em termos históricos, destacamos William Crookes, personalidade científica de sua época, que se tornou famoso pelas pesquisas realizadas entre 1870 e 1874, quando se sentiu atraído pela materialização a partir de ectoplasma emanado do corpo do médium. São clássicos os seus estudos sobre Florence Cook e as materializações de Katie King, onde obteve uma série de fotografias.

Por que hoje em dia não vemos mais fenômenos de materializações? Os trabalhos de materialização dependem de médiuns dispostos a realizá-los. Eles não são feitos para simples passatempo; devem ter uma utilidade. Antes do surgimento do Espiritismo, precisávamos de fenômenos ostensivos, no sentido de chamar a atenção para a invasão organizada que viria em seguida. Presentemente, temos muito mais necessidade de subsídios para a reformulação de nosso pensamento e da compreensão do mundo espiritual.

Fonte de Consulta

(1) XAVIER, Francisco Cândido. Nos Domínios da Mediunidade, pelo Espírito André Luiz. 10. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1979, capítulo 28.




Notícias Históricas: dos Samaritanos aos Terapeutas

Allan Kardec, na introdução de O Evangelho Segundo o Espiritismo, esclarece-nos a respeito das diversas seitas que havia na época de Jesus: Samaritanos, Nazarenos, Publicanos, Peageiros, Fariseus, Escribas, Saduceus, Essênios e Terapeutas. Por seita, entendemos a separação de um corpo doutrinário, tido como ortodoxo. Daí a heresia no campo da religião.

Samaritanos. Depois do cisma das dez tribos, Samaria tornou-se a capital do reino dissidente de Israel. Para não ter que ir a Jerusalém celebrar as festas religiosas, os Samaritanos construíram um templo particular, em que só admitiam o Pentateuco de Moisés, tornando-se heréticos aos olhos dos judeus ortodoxos. Por isso, eram desprezados, anatematizados e perseguidos.

Nazarenos. Nome de uma seita herética nos primeiros séculos da era cristã. Os Nazarenos se obrigavam à castidade, à abstinência de álcool e à conservação de sua cabeleira.

Publicanos. Eram os coletores de impostos.

Peageiros. Eram cobradores de baixa categoria, encarregados principalmente da arrecadação dos direitos à entrada nas cidades.

Fariseus. Esta palavra deriva do grego pharisaios, “separados” ou “isolados”. Refere-se à seita judaica existente na Judeia nos dois últimos séculos antes de Cristo. Para eles, acostumados à controvérsia, a religião era muito mais de fachada, pois queriam apenas ostentar que a possuía em grau elevado de virtude.

Escribas. Designação aplicada aos doutores que ensinavam a lei de Moisés. Sua causa era a mesma dos fariseus, totalmente contrários à inovação

Saduceus. Pertenciam a uma seita judia, fundada por Sadoc. Não acreditavam na imortalidade da alma, nem na ressurreição e nem nos bons e maus anjos. Eles eram os materialistas, os deístas e os sensualistas da época.

Essênios. Seita do judaísmo fundada no século II a.C. Distinguiam-se pelos costumes brandos e virtudes austeras. Seu modo de vida aproxima-se dos primeiros cristãos, levando algumas pessoas a crer que Jesus fazia parte desta seita.

Terapeutas. Ordem monástica judaica anterior à era cristã, estabelecida ao sul de Alexandria, no Egito. Tinham grande afinidade com os essênios, professando os seus costumes e virtudes.

No Novo Testamento, são frequentes o uso dessas palavras. Desconhecer a sua procedência histórica dificulta o real entendimento dos textos evangélicos.