17 junho 2011

Morte: Começo ou Fim?

“A meditação do sábio é uma meditação não da morte, mas da vida”. (Spinoza)

A morte, simplesmente definida como ausência de vida, foi sempre vista como mistério, superstição e fascinação pelo ser humano. Sócrates, na antiguidade, ensinava-nos que a filosofia nada mais era do que uma preparação para a morte. Platão dizia: “Filosofar é aprender a morrer”.

Dos animais, o homem é o único que sabe que vai morrer. A grande surpresa dos suicidas é verificar que a morte não acaba com a vida. O medo da morte é universal: a) por causa da separação dos entes queridos; b) devido ao desconhecido. A provisão de alimentos nos túmulos implica a crença na imortalidade da alma. Pascal convida todos os homens, condenados à morte, a fugir do divertimento e pensar em sua salvação.

Para todos os que creem na imortalidade da alma, a morte é um começo, começo de uma nova vida, a vida espiritual, a verdadeira vida. Platão, na antiguidade, já nos alertava a respeito da alma. Para ele, na sua Teoria das Ideias, a alma, depois que fez a sua passagem por este mundo, volta ao seu lugar de origem, denominado Topos Uranos.

Para os materialistas e existencialistas, a morte é o fim da vida. É o niilismo de que nos fala a filosofia. Por isso, a aflição e angústia que o ser humano sente em virtude de tudo terminar com a morte. O trabalho árduo de uma vida inteira termina num instante, como num piscar de olhos.

Para o Espiritismo, a morte não é começo nem fim; é a passagem do Espírito, que está na prova da carne, para o Espírito que estará em outra dimensão. A doutrina Espírita, codificada por Allan Kardec, esclarece-nos acerca do problema da morte. Para início de conversa, a morte não existe. Deixamos aqui a veste física, mas o Espírito continua a sua jornada, levando consigo o seu Perispírito, que vai vagar no mundo espiritual, segundo seu peso específico. Mais precisamente, de acordo com o bem ou o mal que tiver feito durante sua existência terrena.

A morte é o desprendimento do Espírito do corpo físico. Lembremo-nos de que não é o Espírito que deixa o corpo, mas o corpo que, sem energia, sem fluido vital, solta-se do espírito, que é vivo e deixa-o ir para outras paragens. É como se fosse uma fruta madura, que cai da árvore.

Há casos, porém, que o encarnado apressa a sua data de validade. Observe o que aconteceu com o Espírito André Luiz, quando o chamaram de suicida. Foram os desleixos e os desmandos do corpo e do espírito que o levaram a desencarnar antes de sua hora. Quando vivemos uma vida plena, podemos dizer que somos completistas, ou seja, usufruímos de todo o tempo que nos foi ofertado pela Sabedoria de Deus, para o nosso avanço moral e espiritual.

15 junho 2011

Os Gêneros de Mediunidade

“Importa mais tonificar a faculdade mediúnica do que desenvolvê-la indiscriminadamente.”

mediunidade, desde que o homem é homem, sempre existiu. As primeiras manifestações, dos povos primitivos, foram realizadas através do sono e dos sonhos. O professor José Herculano Pires, no livro O Espírito e o Tempo, faz um estudo histórico da mediunidade, analisando-a dentro dos vários horizontes culturais da humanidade até a sua positivação com a vinda de Allan Kardec.

Os detratores da mediunidade divulgaram cenas horripilantes dos médiuns. Para eles, os médiuns eram pessoas meditabundas, taciturnas e sibilinas, e apresentavam um semblante doentio, hipersensível, extremamente pálido, com pouca vitalidade e a dois passos da neurose. Lombroso observa, porém, que: “A inteligência do médium pode variar da ultra-mediocridade de Politi ao espírito superior de Mlle. D’Esperance, mas em transe, o médium mais estúpido pode manifestar uma inteligência extraordinária”.

As variedades comuns a todos os gêneros de mediunidade podem ser vistas: Médiuns sensitivos: pessoas suscetíveis de sentir a presença dos Espíritos por uma impressão local, vaga ou material; Médiuns naturais ou inconscientes: os que produzem os fenômenos espontaneamente, sem nenhuma participação de sua vontade e o mais das vezes sem o saberem; Médiuns facultativos ou voluntários: os que têm o poder de provocar os fenômenos por um ato de sua vontade.

Em se tratando das variedades especiais para efeitos físicos, destacamos: Médiuns tiptólogos: aqueles por cuja influência se produzem os barulhos e as pancadas; Médiuns de transportes: os que podem servir de auxiliares para os Espíritos trazerem objetos materiais; Médiuns curadores: os que têm o poder de curar ou de aliviar pela imposição das mãos ou pela prece.

Com relação às variedades especiais para efeitos inteligentes, anotamos: Médiuns auditivos: os que ouvem os espíritos. Lembrete: “Há muitos que se afiguram ouvir o que lhes está apenas na imaginação”; Médiuns falantes (psicofonia): os que falam sob a influência dos Espíritos; Médiuns escreventes ou psicógrafos: possuem a faculdade da comunicação por meio da escrita automática e podem se dividir em: médiuns mecânicos, semi-mecânicos, intuitivos, etc.

Nada de relevante se faz sem a devida aplicação. Por isso, antes de empreender uma façanha mediúnica é bom consultar as próprias forças e disposições íntimas. Assim, devemos primar sempre por altas inspirações, sentimentos elevados, método e paciência. Lembremo-nos também das provações dos grandes médiuns, que sofreram na própria carne o efeito devastador de uma excessiva dependência dos Espíritos.

O contato com o mundo espiritual deve ser feito dentro de um sentimento de humildade e vigilância para que não sejamos presas fáceis de Espíritos imperfeitos. Tenhamos em mente que somos apenas um veículo, um intermediário aos Espíritos. Sendo assim, exercitemos o discernimento para aceitar as sugestões dos Espíritos superiores e rejeitar as dos Espíritos maus, que querem somente a nossa perdição.

Fonte de Consulta

KARDEC, A. O Livro dos Médiuns ou Guia dos Médiuns e dos Doutrinadores. São Paulo:Lake, [s.d.p.]

 

08 junho 2011

Magnetismo e Hipnotismo

Magnetismo. Força vital no ser humano, que apresenta analogia com a eletricidade e o magnetismo mineral, podendo ser irradiada para o exterior pelos olhos, pelas pontas dos dedos e pela boca. Hipnotismo. São os vários processos, pelos quais uma pessoa dotada de grande força de vontade exerce sua influência sobre outras pessoas de ânimo mais débil, numa espécie de êxtase (ou transe).

magnetismo animal foi reconhecido e explorado desde a mais remota antiguidade. Os iniciados dos grandes templos, principalmente no Egito, utilizavam-no com frequência, promovendo curas de doenças pela imposição das mãos, pelo sopro ou pela saliva do manipulador. Na Idade Média, Alberto Magno, Rogério Bacon, Paracelso e tantos outros conheceram o magnetismo animal.

As origens alquímicas do hipnotismo remontam a Franz Anton Mesmer (1734-1815), formado em medicina. Sua tese doutoral, De Influxu Planetarum in Corpus Humanun (“Da Influência dos Planetas sobre o Corpo Humano”), está claramente relacionada com a Astrologia. Começando pelas técnicas desenvolvidas por Hell, que colocava magnetos nas partes doentes de seus pacientes, Mesmer, pelas suas experimentações, chegou à teoria do “magnetismo animal” (1779). Dizia ele existir um fluido que interpenetrava tudo e que dava às pessoas, propriedades análogas àquelas do ímã.

Ao desenvolver linha própria de pesquisa, o Marquês de Puységur, discípulo de Mesmer, descobre, em 1787, o sonambulismo. Ele coloca os seus pacientes num estado de semi-adormecimento, e percebe que eles saíam com a saúde melhorada. No decorrer do século seguinte, um sem-número de correntes terapêuticas apareceram, todas baseadas nas ideias originais de Mesmer. Em 1841, Braid estabeleceu uma clara distinção entre o hipnotismo e o antigo magnetismo animal, enfatizando que o hipnotismo refere-se à “parte mental do processo”. Posteriormente, Charcot o estuda metodicamente, Liebault o aplica à clínica e Freud o utiliza ao criar a Psicanálise.

Presentemente, faz-se uma distinção entre o magnetismo e o hipnotismo. O magnetismo aceita a existência de um fluido especial, que é projetado pelo magnetizador, influenciando a pessoa que o recebe. O hipnotismo admite que o paciente fica hipnotizado por auto-sugestão e concentração mental, não havendo fluido algum. Apenas o hipnotismo é aceito pela ciência. É que a medicina ortodoxa não aceita a cura de uma doença pela transmissão de fluidos.

É bom lembrar que os magnetizadores não se encontram somente entre os seres humanos. Certos animais irracionais também gozam dessa prerrogativa. A jiboia, por exemplo, usa-o para fascinar os animais de que se alimenta; o sapo, pelo mesmo processo, imobiliza a doninha e outros animais pequenos.

No Espiritismo, temos que acrescentar o elemento “magnetismo espiritual”, que são os fluidos projetados pelos Espíritos desencarnados. Enquanto o magnetizador comum pode até cobrar pelas suas sessões de magnetização, sob o ponto de vista do Espiritismo, o médium é apenas um intermediário dessas forças, que auxiliam na cura de uma doença. E a cura se processa pela substituição de uma molécula malsã por uma molécula sã. Aí entram em cena o magnetismo do médium e o magnetismo dos Espíritos. Acrescenta-se, ainda, o merecimento da cura por parte da pessoa doente.

Saibamos usar equilibradamente a nossa força magnética e hipnótica somente para as curas das doenças do corpo e do Espírito. Nada de ficarmos presos às hipnoses (sugestões) dos Espíritos malfeitores.

Compilaçãohttps://sites.google.com/view/temas-diversos-compilacao/magnetismo-hipnotismo-e-espiritismo


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Hipnose não é sono

"Dr. James Braid, famoso físico inglês do Século XIX, de início foi enganado ao pensar que a hipnose, então conhecida sob o nome de mesmerismo, era sono. Ele tinha ido ver um hipnotizador de palco, com a intenção de provar que o homem era charlatão. Após ter apreciado a habilidade do artista, Dr. Braid tornou-se firmemente convencido de que havia algo real no mesmerismo. E começou a fazer os seus próprios experimentos. Seus primeiros sujeitos foram a esposa e os empregados domésticos. Das primeiras observações, Braid chegou à conclusão de que mesmerismo era sono. Por conseguinte, tomou a palavra grega “hypnos”, que significa sono, e o mesmerismo transformou-se em hipnose. Mais tarde, Braid compreendeu o engano e tentou, em vão, modificar a palavra para mono-ideísmo. Desde então, muitos homens têm tentado modificar a designação “hipnose”, porém ninguém jamais conseguiu efetuar qualquer alteração". (Página 36 do livro de Paul T. Adams, Ajuda-te pela Nova Auto-Hipnose, 4. ed., São Paulo: Ibrasa, 1978).

Um indivíduo hipnotizado está bem consciente e atento.

Hipnose e auto-hipnose são a mesma coisa. A única diferença é que na hétero-hipnose, o hipnotista dirige o seu pensamento, ao passo que na auto-hipnose é você quem o faz. Não nos esqueçamos de que toda hipnose é auto-hipnose.

hipnose é um estado de "hipersugestibilidade", "um estado alterado da consciência" Na hipnose, a "faculdade crítica" do sujeito é relaxada. O subconsciente não possui uma "faculdade crítica". Muitos autores acreditam que o subconsciente tem um mecanismo de realimentação de informação (feedback mechanism); o que você dá como insumo ao subconsciente é insumado de volta em sua vida consciente. 

Extraído do livro de Paul T. Adams, Ajuda-te pela Nova Auto-Hipnose, 4. ed., São Paulo: Ibrasa, 1978.


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Magnetismo animal (1774) [Franz Anton Mesmer]

Teoria de que fluidos ou campos magnéticos em equilíbrio são fundamentais para a saúde humana. 

"A ação e a virtude do magnetismo animal, assim caracterizado, podem ser comunicadas a outros corpos animados ou inanimados." (Franz Anton Mesmer)

O médico alemão Franz Anton Mesmer (1734-1851) tinha uma teoria de que todas as coisas possuíam fluidos magnéticos, com uma transferência energética natural ocorrido no Universo, a energia em questão derivando das estrelas. Mesmer defendia que fluidos ou campos magnéticos nos seres humanos podiam ser manipulados para cura e outros objetivos. Desequilíbrios no fluido magnético invisível causavam doenças que podiam ser psicológicas (como ansiedade e fobias) ou físicas (como espasmos, ataques de epilepsia e dor).

A expressão "magnetismo animal" se refere ao princípio universal de que tudo contém seu fluido magnético e também ao sistema terapêutico segundo o qual as pessoas alteram o estado de seus fluidos, reequilibrando ou mesmo transferindo-os pelo toque ou segurando as mãos passivamente sobre o corpo. 

Em 1774, Mesmer produziu uma "maré artificial" numa paciente. Ela recebeu um preparo contendo ferro e ímãs foram presos a todo o seu corpo. Um fluido misterioso parecia correr por ele e seus sintomas foram aliviados por várias horas. Mas a paciente mais conhecida de Mesmer foi Maria Theresia von Paradis, de 18 anos, que era cega desde os 4 anos. Entre 1776 e 1777, Mesmer a tratou com ímãs por quase um ano e sua visão ter sido restaurada. Mas, depois de algum tempo, a cegueira voltou. Um comitê da Universidade de Viena investigou Mesmer e o considerou um charlatão, dizendo que, em vez de curá-la, ele simplesmente fez acreditar que estava curada. 

O magnetismo animal e as práticas de Mesmer chamaram a atenção para o fato de o tratamento psicológico ter uma influência direta sobre o corpo e as doenças. O tratamento com ímãs ainda é praticado na Europa continental hoje em dia e nos Estados Unidos você pode comprar um bracelete O-Ray "ionizado".  

ARP, Robert (Editor). 1001 Ideias que Mudaram a Nossa Forma de Pensar. Tradução Andre Fiker, Ivo Korytowski, Bruno Alexander, Paulo Polzonoff Jr e Pedro Jorgensen. Rio de Janeiro: Sextante, 2014.

05 junho 2011

Possessão e Espiritismo

Possessão. Do latim possessio, onis. O que se tem, ocupa ou controla; posse. Estado de quem está controlado por sentimento ou ideia. Incorporação de entidade espiritual no corpo e/ou no espírito de alguém.

As culturas do mundo veem a possessão como estados mentais (a epilepsia, o êxtase religioso, os transes) e físicos (barulhos, deslocamentos de objetos) explicados em termos da intrusão, no indivíduo, de uma potência sobre-humana. Para o ocultismo, a personalidade invasora (espírito desencarnado) pretende estabelecer uma comunicação com o mundo através do organismo do médium, em transe, e a linguagem usada para isso pode ser tanto a falada como a escrita. Na tradição cristã, a possessão, dita demoníaca, era tratada pelo exorcismo, com prece para a vítima, uso de relíquias e invocação de santos. Há casos em que faziam o sujeito (sob o jugo dos demônios) inalar vapores fétidos na suposição de que estes seriam expulsos do corpo.

No Espiritismo, dá-se o nome de possessão à substituição pelo Espírito atuante ao Espírito encarnado. O Espírito atuante toma o corpo do Espírito encarnado para domicílio sem que este, no entanto, seja abandonado pelo seu dono, pois que isso só se pode dar pela morte. Há uma diferença fundamental entre obsessão e possessão: na obsessão, o Espírito atua exteriormente, com a ajuda do seu perispírito, que ele identifica com o do encarnado, ficando este enlaçado por uma teia e constringindo-o a proceder contra a sua vontade; na possessão, ele se substitui ao Espírito encarnado.

Ressaltemos que na obsessão há sempre um Espírito malfeitor; na possessão, não. Às vezes é um Espírito bom que queira falar e que, para causar maior impressão nos ouvintes toma o corpo de um encarnado, que voluntariamente lho empresta. Disto resulta que, enquanto o Espírito malfeitor arrebata o Espírito encarnado, caso este não possua força moral para lhe resistir, podendo, inclusive, chegar às raias da loucura, o Espírito bom simplesmente toma o corpo emprestado graciosamente pelo encarnado.

Lembremo-nos de que há também possessões coletivas, como as narradas por Allan Kardec no livro Obsessão. Cita-se, como exemplo, a epidemia demoníaca de Sabóia. Nesse caso, “fazer Espiritismo sem estudo é fazer manipulações químicas sem conhecer química”.

Fonte de Consulta

(1) Dicionário do Inexplicado. Edições Planeta.

(2) KARDEC, A. A Gênese - Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo. 17. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1975.

(3) KARDEC. A. A Obsessão. 3. Ed. São Paulo: O Clarim, 1978.

(4) XAVIER, F. C. Nos Domínios da Mediunidade, pelo Espírito André Luiz. 10. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1979. (página 80)

Compilaçãohttps://sites.google.com/view/temas-diversos-compilacao/possess%C3%A3o-e-espiritismo



01 junho 2011

Evocação de Espíritos

Evocar é trazer à lembrança; recordar. Evocação é o ato de evocar, de chamar. Em se tratando da mediunidade, é chamar, fazer aparecer os Espíritos. É a comunicação do Espírito feita mediante o chamamento do ser vivente (médium ou não). “Hospedeiro”, “canal”, “canalizador” e “médium” são os termos usados para os intermediários com o mundo dos Espíritos.

evocação não é fenômeno somente de nossos dias. Os deuses, na Grécia antiga, falavam com os mortais por intermédio dos oráculos. Na Inglaterra vitoriana, os “mortos” comungavam com os vivos através de médiuns. Há, ao longo do tempo, inúmeros casos de comunicação mediúnica: uns emprestavam seus corpos aos Espíritos manifestantes; outros procuravam conservar a sua identidade enquanto os Espíritos transmitiam as suas mensagens.

As evocações não estão imunes às críticas. Para James Randi, escritor e denunciador de fraudes, a canalização é “a última moda do sobrenatural”, cheia de “baboseiras imaginativas de autodenominados ‘gurus’, sustentados por um segmento da população que tem necessidade de acreditar”. George Steiner, crítico literário, caracteriza-as como sendo fruto da superstição e do irracionalismo.

Uma dúvida que surge: como os Espíritos espalhados no espaço ou nos diferentes mundos podem ouvir as evocações que lhes são feitas? Os guias espirituais nos informam que temos dificuldade de compreender o modo de transmissão do pensamento entre os Espíritos. Em linhas gerais, o processo se dá da seguinte forma: o Espírito que evocamos, por mais longe que esteja, recebe, por assim dizer, o contragolpe do pensamento, como uma espécie de choque elétrico que chama sua atenção para o lado de onde vem o pensamento a ele dirigido; ele ouve o pensamento, como na terra ouvimos a voz.

Não há restrições quanto à evocação dos Espíritos. Podemos, assim, evocar todos os Espíritos, de qualquer grau da escala a que pertençam. Tanto os bons como os maus; tanto os que deixaram a vida há pouco, como os que viveram nos tempos mais recuados; tanto os homens ilustres, como os mais obscuros; nossos parentes, nossos amigos e os que nos são indiferentes. Exemplo: Em 1980, Santo Tomás de Aquino, falecido em 1274, diz: “O único desejo do mundo espiritual é progredir rumo à verdade. E a verdade última é a mente infinita do próprio Deus. Este é o único desejo do espírito que reside dentro de cada um de vocês...”

A principal utilidade das evocações é valermo-nos da experiência dos Espíritos superiores, que adquiriram um grau de perfeição que lhes permite abraçar uma esfera de idéias mais extensa, penetrar mistérios que ultrapassam a alçada vulgar da humanidade e, por consequência, iniciar-nos melhor que os outros em certas coisas.

Fonte de Consulta

KARDEC, A. O Livro dos Médiuns ou Guia dos Médiuns e dos Doutrinadores. São Paulo: Lake, [s.d.p.] (Capítulo 25 – Das Evocações)

Evocação dos Espíritos. Revista Mistérios do Desconhecido. Rio de Janeiro: abril livros.

Compilaçãohttps://sites.google.com/view/temas-diversos-compilacao/evoca%C3%A7%C3%A3o-de-esp%C3%ADritos