09 janeiro 2011

Parábola do Mau Rico

Parábola - narração alegórica na qual o conjunto dos elementos evoca, por comparação, outras realidades de ordem superior. Mau – que causa prejuízo. Contrário à razão, à justiça, ao dever, à virtude. Rico – que possui muitos bens ou coisas de valor; que tem riquezas.

As parábolas – didática utilizada para transmitir instruções da época – eram estórias geralmente extraídas da vida cotidiana, como por exemplo, o semeador que saiu a semear, a ovelha desgarrada que deve ser capturada, a dracma que deve ser procurada, que tinham por objetivo passar de um conhecimento concreto para um conhecimento abstrato, de fundo moral, de alcance espiritual.

A síntese do texto evangélico: havia um rico (mau) e um pobre (Lázaro), que ficava à porta do rico. O rico não distribuía ao Lázaro nenhuma das migalhas que lhe sobravam. Passou-se o tempo: Lázaro desencarna; o rico também. No mundo espiritual, Lázaro foi acolhido no seio de Abraão; o rico foi para o Hades (Inferno). O rico pedia para Lázaro molhar a sua língua. Abraão diz ser impossível, pois há uma barreira entre ambos. Tenta outro pedido: manda o Lázaro ir lá na Terra avisar os meus familiares sobre esses tormentos. Abraão fala que eles já têm Moisés e os profetas.

Esta parábola põe em evidência os dois extremos da condição humana: a pobreza e a riqueza. Orico simboliza as pessoas apegadas à matéria, ao egoísmo; o pobre, os desprovidos de bens materiais, os sofredores.

O Espiritismo nos mostra que o Espírito, ao reencarnar, pode escolher a prova da riqueza ou da pobreza. Muitas vezes esta ou aquela provação é sugerida pelos benfeitores espirituais, em função do que o Espírito fez numa reencarnação passada. Nesse sentido, a pobreza é uma prova em que o Espírito iria se conscientizar do que é a falta do necessário para o provento da vida.

Na pobreza exercitemos a paciência; na riqueza, a humildade. Procedendo desta maneira, conquistaremos a verdadeira propriedade, aquela que nenhum ladrão nos roubará, porque representará um patrimônio inalienável de nossas conquistas interiores.

 

 

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