07 agosto 2009

Lei de Liberdade

Liberdade. Em sentido geral, estado do ser que não sofre constrangimento, que age conforme a sua vontade, a sua natureza. Em sentido político, é a faculdade de fazer o que se queira dentro dos limites do direito (lei). Em sentido psicológico e moral, aquele que fazendo o bem ou o mal age conforme a razão, que aprova.

A palavra liberdade presta-se a  muitos significados. Falamos de liberdade  política, de liberdade econômica e de liberdade de consciência. A liberdade em Cuba é diferente da liberdade nos Estados Unidos. O termo comporta, também, limitações psicológicas, legais e  econômicas. Suponhamos a seguinte situação: ir aos Estados Unidos. Sentido psicológico: estou disposto a me deslocar para aquele país?; sentido legal: o governo  americano  permite a minha estada?;  sentido  econômico: conseguido  o visto de entrada, tenho recursos  financeiros  para tal empreendimento?

"A liberdade de uma pessoa não termina quando começa a liberdade da outra". Esta é a frase com que Eduardo Prado de Mendonça  começa o capítulo II do seu livro A Construção da Liberdade. Afirma o autor que não existe uma geometria da liberdade nem uma liberdade no espaço. Acha ele que quando dizemos que "a liberdade de um acaba quando começa a liberdade do outro", estamos assumindo um preconceito, do qual não temos consciência. Que significa dizer que a liberdade de um acaba quando começa a liberdade do outro?

De acordo com Allan Kardec, na pergunta 851 de O Livro dos Espíritos, a fatalidade não existe senão para a escolha feita pelo Espírito, ao encarnar-se, de sofrer esta ou aquela prova física; ao escolhê-la, ele traça para si uma espécie de destino, que é a própria conseqüência da posição em que se encontra. No tocante às provas morais e às tentações, o Espírito, conservando o seu livre-arbítrio sobre o bem e o mal, é sempre senhor de ceder ou resistir. Observe que a palavra fatalidade aqui usada tem mais o sentido de determinismo do que de fatalidade propriamente dita. 

Allan Kardec, em O Livro dos Espíritos, pergunta: Há homens naturalmente destinados a serem propriedade de outros homens? Resposta: a lei humana que estabelece a escravidão é uma lei contra a Natureza, pois assemelha o homem ao bruto e o degrada moral e fisicamente. Devem-se levar em conta os costumes e a desigualdade natural de aptidões.

Escolhendo o vício haverá um tolhimento da  vontade, pois esta  estará submetida à necessidade de supri-lo, impedindo a continuidade  de outros atos livres. Sendo assim, concentremo-nos na prática das virtudes, pois somente elas têm a capacidade de ampliar a nossa liberdade de ação.

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Lei de Justiça, Amor e Caridade

Justiça – do lat. justitia – significa, de modo restrito, a constante e perpétua vontade de conceder o direito a si próprio e aos outros, segundo a igualdade. Amor– do lat. amore –, sentimento que predispõe alguém a desejar o bem de outrem, ou de alguma coisa. Caridade – do lat. caritate –, no vocabulário cristão, o amor que move a vontade à busca efetiva do bem de outrem e procura identificar-se com o amor de Deus.

Kant, na Doutrina do Direito, define a ação justa como qualquer ação que permite a livre vontade de cada um coexistir com a liberdade de qualquer outro segundo uma lei universal. Santo Agostinho, por seu lado, diz que a justiça é a virtude que dá a cada um aquilo que lhe é devido. Em realidade, a justiça visa estabelecer certa igualdade entre o forte e o fraco, o que tem poder e o que está despossuído dele.

A justiça pertence às virtudes cardeais e a caridade às virtudes teologais. As virtudes cardeais, princípio de todas as virtudes, dizem respeito à temperança, àfortaleza, à prudência e à própria justiça. Entre essas, a justiça ocupa lugar de destaque, pois dá equilíbrio às demais. As virtudes teologais, consideradas como dons infusos por Deus, dizem respeito à fé, à esperança e à própria caridade. Dentre elas, a caridade é a mais perfeita. Se à justiça e à caridade acrescentarmos o amor, teremos os fundamentos básicos da conduta humana em sociedade.

Os gregos usavam diferentes vocábulos para designar o amor. Philia referia-se à amizade, ao amor ternura; eros, ao amor carnal, sexual; agapé, ao amor divino, sem contrapartida, incondicional. Aristóteles, em Ética a Nicômaco, comparando o amor amizade à justiça, não hesita em afirmar que a amizade é mais necessária e importante, pois os inimigos podem ser justos entre si, mas a concórdia e a comunhão só podem coexistir com a amizade e o amor. Dizia que ser justo é bom, mas amar é ainda melhor. "Se somos amigos, não precisamos de justiça; justos, precisamos ainda da amizade".

A justiça, sendo fria e calculista, necessita do amor e da caridade que lhe complementam, porque amar o próximo é fazer-lhe todo o bem possível, que desejaríamos nos fosse feito. A caridade é, primariamente, o amor a Deus e, sem mudar a direção, secundariamente, é o amor ao próximo e a si mesmo. Ela não se restringe à filantropia, mas abrange todas as nossas relações com os nossos semelhantes, quer sejam inferiores, iguais ou superiores.

Allan Kardec, na pergunta 648 de O Livro dos Espíritos, esclarece-nos que a divisão da lei de Deus em dez partes é a mesma da de Moisés e pode abranger todas as circunstâncias da vida. Dentre tais leis, a Lei de Justiça, Amor e Caridade é a mais importante; é por ela que o homem pode avançar mais na vida espiritual, porque ela resume todas as outras.

O justo dá a cada coisa o lugar que lhe compete. Ordena na medida certa. Situando-se além das oposições e dos contrários, realiza em si a unidade, que éuna e total. O verdadeiro justo simboliza o homem perfeito, que põe ordem, primeiro em si, depois em torno de si. Seu papel é o de uma verdadeira potência cósmica.

A justiça dá base ao amor, para que este se transforme na caridade, que é o amor em ação.




06 agosto 2009

Lei de Conservação

Conservação. Conjunto de medidas permanentes para impedir que se deteriorem com o tempo objetos de valor, como monumentos, livros, obras de arte. Em se tratando do ser humano, a manutenção da espécie. 

Em todos os seres vivos, o instinto de conservação é o mais importante. A finalidade primordial do animal é comer e esforçar-se para não ser comido pelos outros. Essa é a razão pela qual os órgãos sensoriais, que investigam se existe alimento em volta ou que, ao pressentir perigo, ordena ao corpo que se proteja ou fuja, encontram-se perto do orifício de introdução dos alimentos.

Depois do instinto de conservação, o mais importante é o instinto de reprodução, ou tendência procriadora, que faz o macho procurar a fêmea para fecundá-la. Ambos os instintos requerem a contribuição coordenadora de diversos sistemas de órgãos. Na fuga, o coração bate mais depressa e os músculos ficam tensos.

O instinto de conservação é uma lei natural, porque a vida num corpo físico é necessária ao aperfeiçoamento dos seres, e sua destruição antecipada entrava o desenvolvimento do princípio inteligente.

O limite entre o necessário e o supérfluo nada tem de absoluto. A civilização criou necessidades que não existem no estado de selvageria, e os Espíritos que ditaram esses preceitos não querem que o homem civilizado viva com selvagem.

No que tange às privações, lembremo-nos somente das que são meritórias: sacrificarmo-nos em favor do próximo, renunciarmos às festas para atender alguém que esteja doente, retirarmos do necessário para auxiliar alguém em dificuldade etc. 

Escutemos a nossa voz interior, pois ela possui poderes ilimitados para nortear nossa vida. Tendo-a por escudo, usaremos de tudo e não abusarmos de nada. Ouvindo-a constantemente desenvolveremos o nosso senso moral e o sentimento de caridade que nos eleva acima de todos os sofrimentos presentes.

 




Lei de Igualdade

Igualdade. Em sentido geral, é a qualidade do que é igual, do que não tem diferença. Na matemática, a igualdade é simbolizada pelo sinal =, daí a=b. Na ética e na Política, o princípio segundo o qual as prescrições, proibições e penas legais são as mesmas para todos os cidadãos, sem acepção de nascimento, situação ou riqueza.

A ideia de igualdade fundamental de todos os homens, penosamente adquirida ao longo da história, repousa sobre a igualdade metafísica ou identidade essencial. A declaração dos Direitos Humanos, advindos da Revolução Francesa, foi um marco sem precedentes na busca pela igualdade entre os seres humanos. 

Deus criou todos os Espíritos iguais, mas cada um viveu mais ou menos tempo e por conseguinte realizou mais ou menos aquisições; a diferença está no grau de experiência e na vontade, que é o livre-arbítrio: daí decorre que uns se aperfeiçoam mais rapidamente, o que lhe dá aptidões diversas. Como os mundos são solidários, a mistura de aptidões é necessária para a evolução da Humanidade: o que um não faz, o outro faz, e é assim que cada um tem a sua função útil.

A desigualdade das riquezas é um desses problemas que se procura em vão resolver, se não se considera senão a vida atual. O princípio da reencarnação, adotado pelo Espiritismo, é a base para entendermos as questões das desigualdades de riqueza e sociais. A reencarnação mostra a justiça divina. No que tange à riqueza, todos passaremos por ela, quer seja nesta vida ou em outras. 

Uma visão ampla do amor induzirá o homem a repartir do seu excesso com aquele que tem menos; da abundância de um país, para os que tiverem dificuldade de produzir. Ao Espiritismo cabe uma grande responsabilidade, ou seja, a de auxiliar o pensamento do homem a fim de que se liberte das paixões materiais e o conduza à conquista dos bens espirituais, os únicos que poderá levar ao partir para a vida dos Espíritos.





Lei do Progresso

Progresso é o movimento ou marcha para frente. Para J. B. Bury, "A ideia de progresso é a síntese do passado e a profecia do futuro".

As etapas do progresso técnico podem ser resumidas da seguinte forma: Até 1700, o sistema produtivo, na Europa, era baseado no artesanato; entre 1700 e 1910, com a Revolução Industrial, na Inglaterra, passa a ser mecanizado; entre 1910 e 1973, com o sistema Ford, nos Estados Unidos, prevaleceu a produção em série; depois de 1973, surgiu o sistema Toyota, no Japão, caracterizando os inventários minimizados e o sistema de produção baseado no just in time.

O progresso é uma lei natural. Ele faz parte de uma das dez leis naturais, dispostas em O Livro dos Espíritos. Parte-se de um estado natural, que é a infância da Humanidade, para se chegar a um aprimoramento moral e intelectual. Enfatiza-se que o progresso moral e o progresso intelectual não caminham juntos. Na realidade, o progresso moral é a consequência do progresso intelectual, visto o progresso intelectual fornecer meios para o desenvolvimento do livre-arbítrio, o que aumenta a responsabilidade do homem pelos seus atos.

O ser humano não pode impedir a marcha do progresso. Os que tentam impedir o progresso agem como a pedra sob uma roda; retardam o seu andamento, mas acabam esmagados por ela. Quando, entretanto, um povo não caminha com a pressa desejável na evolução natural, Deus, através de suas leis, lhe suscita o progresso com um grande abalo físico ou moral.

A destruição do materialismo é a maior contribuição que Espiritismo pode oferecer ao progresso, pois esta é a chaga número um da sociedade.

Fonte de Consulta

KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. São Paulo: FEESP, 1999 (perguntas 776 a 800).

Compilaçãohttps://sites.google.com/view/temas-diversos-compilacao/lei-do-progresso

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Progresso Contínuo (c. 700 a.C.) [Grécia Antiga]

Crença de que a humanidade está em contínuo aperfeiçoamento  

A noção de que a sociedade humana deve estar sempre em evolução é tão antiga quanto a própria Antiguidade. Todas as civilizações, desde o início, mantiveram com firmeza a ideia de que melhorias morais, religiosas e materiais contínuas são uma consequência inevitável de nossa natureza inquisitiva e aspiradora. O classicista grego Hesíodo (morto em 700 a.C.) falou do progresso humano na obra Os tratados e os dias. Na peça do século V a.C. de Ésquilo Prometeu acorrentado, Prometeu é ordenado por Zeus à punição eterna por ter dado aos humanos a dádiva do fogo numa tentativa heroica de liberá-los da ignorância e permitir-lhe a busca das esferas mais elevadas da arte, da cultura e da aprendizagem.

Bernard le Bovier de Fontenelle (1657-1757) defendia, junto com outros pensadores, que a mente humana no século XVII era tão rica e criativa quanto na época de Aristóteles e Homero. O progresso econômico e material da humanidade continuou como premissa em A riqueza das nações (1776), de Adam Smith, assim como na Filosofia da história (1831), de G. W. F. Hegel, obra em que ele fala do nosso “impulso de perfectibilidade”.

ARP, Robert (Editor). 1001 Ideias que Mudaram a Nossa Forma de Pensar. Tradução Andre Fiker, Ivo Korytowski, Bruno Alexander, Paulo Polzonoff Jr e Pedro Jorgensen. Rio de Janeiro: Sextante, 2014.





Lei de Reprodução

Reprodução — dá-se este nome à série de processos pelos quais os seres vivos transmitem a vida a novos indivíduos e asseguram a continuação das espécies. A reprodução dos seres vivos se faz através de outro preexistente. Pode ser assexuada ou agâmica e sexuada ou singâmica. 

Conta-nos o Espírito André Luiz que a vida no Planeta Terra começou a partir da geleia cósmica, de onde verteu o princípio inteligente, em suas primeiras manifestações. Depois, este princípio foi trabalhado pelos operários espirituais que lhe magnetizam os valores, permutando-os entre si, sob a ação do calor interno e do frio exterior.

De acordo com os postulados espíritas, Deus criou os Espíritos simples e ignorantes; logo, há necessidade da reprodução de formas físicas, a fim de atingirem a perfeição. Como é impossível atualizar todas as virtudes em uma única encarnação, os Espíritos voltam ao plano da matéria quantas vezes forem necessárias.

É no lar que, salvo raras exceções, as formas físicas são procriadas. A importância da família prende-se ao fato que é ali, no cadinho das quatro paredes, que o novo ser receberá apoio para a sua jornada terrena. Não basta apenas procriar; é preciso que a forma física, animada por um Espírito, receba a influência educativa dos seus progenitores, no sentido de avivar a fraternidade e a solidariedade. 

A separação dos cônjuges não deve ser facilitada, pois o regime monogâmico é o que melhor se presta para a evolução do ser encarnado. No casamento, o que é de Natureza Divina é a união dos sexos e a Lei do Amor para operar a renovação dos seres que morrem; mas as condições que regulam essa união são de ordem humana, sujeita aos costumes de cada povo.

Vimos que a produção de novas formas físicas é de fundamental importância para a renovação da espécie humana. É preciso, pois, que essa reprodução seja responsável e não comprometa o processo evolutivo do nosso Planeta. 

 



Lei de Sociedade

Sociedade. Em sentido amplo, conjunto de indivíduos entre os quais há relações organizadas de serviços recíprocos. Diz-se, também, que é o estado dos homens ou dos animais que vivem sob a ação de leis comuns: as abelhas vivem em sociedade; cada família forma uma sociedade natural. Para Gabriel Tarde, o grupo social é um conjunto de indivíduos que se imitam entre si.

Cada período da História da Sociedade, desde os tempos mais primitivos até a moderna sociedade industrializada, revela os seus característicos especiais: a época das caças, o período da agricultura primitiva, o período feudal. Para K. E. Boulding, o século XX marca o período médio de uma grande transição no estado da raça humana. Pode-se designá-la com propriedade como a segunda grande transição na história da humanidade. 

O instinto de sociabilidade, inato no ser humano, leva-o a participar da sociedade. Aristóteles no século IV a.C. dizia que “o homem é naturalmente um animal político”. Na Idade Média, Santo Tomás de Aquino o mais expressivo seguidor de Aristóteles, afirma que “o homem é por natureza, animal social e político, vivendo em multidão”. A necessidade da vida social prende-se ao fato de que nenhum homem dispõe de todas as faculdades humanas.

A família ocupa lugar de destaque na sociedade. Observe que Herbert Spencer considerou a família entre as instituições que dão forma à vida social; Marx e Engels, como o primeiro grupo histórico, a primeira forma de interação humana; Augusto Comte, como célula básica da sociedade, o embrião e o modelo desta, de maneira que a sociedade perfeita é a que funciona como a família. 

As duas grandes sociedades da terra são a família, como semente formadora da sociedade, e o estado, como instituição política organizadora da sociedade. De logo se verifica, que, por um processo natural, o próprio homem sente ser imprescindível manter e conservar a sociedade para, dentro dela, progredir, individual e coletivamente. Para o espiritismo, a sociedade existe para a elevação moral do homem, para o seu crescimento interior, para que aprenda a ser fraterno e indulgente, em seu benefício e no do todo.

Tenhamos plena consciência de nossos deveres e direitos junto à nossa família e ao estado em que estivermos inseridos. Somente responsabilizando-nos pela coisa pública poderemos formar uma sociedade mais justa e mais fraterna. 

 


Princípios Energéticos

Princípio. Momento em que alguma coisa tem origem. Em química, tanto para Geber (cerca de 722-813) quanto  para Paracelso (1493-1541), os princípios eram três. Paracelso nomeia-os: sal, enxofre e mercúrio. Em lógica, o princípio é uma proposição primeira e fundamental que não pode ser deduzida de nenhuma outra. No sentido normativo, os princípios designam as regras de ação que se apresentam claramente ao espírito e que o indivíduo deve aplicar na sua atividade. Energética. Ramo da Física que trata essencialmente da energia e suas transformações.

Energia. Em física, é a capacidade dos corpos para produzir um trabalho ou desenvolver uma força. A energia pode ter várias formas (calorífica, cinética, elétrica, eletromagnética, mecânica, potencial, química, radiante), transformáveis uma nas outras. Suponha um corpo em repouso: num determinado referencial, ele é igual ao produto de sua massa em repouso multiplicado pela velocidade da luz ao quadrado. Se um corpo humano é projetado de um edifício, a sua energia de repouso (potência), transforma-se em energia cinética. Quando cai no chão, transforma-se em energia calorífica e sonora.

Fluido é um termo genérico empregado para traduzir a característica das "substâncias líquidas ou gasosas" ou de substância "que corre ou se expande à maneira de um líquido ou gás". (Dicionário Aurélio). Para Gabriel Delanne, os fluidos são os estados da matéria em que ela é mais rarefeita do que no estado conhecido sob o nome de gás.

"O fluido universal é a matéria elementar primitiva, cujas modificações e transformações constituem a inumerável variedade dos corpos da Natureza. Como princípio elementar do Universo, ele assume dois estados distintos: o da eterização ou imponderabilidade, que se pode considerar o primitivo estado normal, e o de materialização ou de ponderabilidade, que é, de certa maneira consecutivo àquele. O ponto intermediário é o da transformação do fluido em matéria tangível". (Kardec, 1975, it.2, p.273 e 274)

Além da matéria bruta e do corpo físico, o fluido universal pode ser decomposto: 1) Fluido vital: é um dos elementos necessários à constituição do Universo, mas tem a sua fonte nas modificações da matéria universal. É um elemento, como o oxigênio e o hidrogênio, que, entretanto, não são elementos primitivos, pois todos procedem de um mesmo princípio. É o elemento que dá vida à matéria orgânica. Pode ser denominado de magnetismo, eletricidade etc.; 2) Ectoplasma: tipo de matéria que se situa entre a matéria densa e a matéria perispirítica. Presta, sobretudo, aos trabalhos de efeitos físicos e materializações; 3) Perispírito: invólucro semi-material do Espírito. Nos encarnados, serve de laço intermediário entre o Espírito e a matéria. (Equipe da FEB, 1995)

Devemos ter em mente que quanto mais ativos formos maior é a nossa capacidade de transformar energia. É aquilo que reside na frase lapidar do Evangelho: "Ao que  muito foi dado, muito será exigido, e mais lhe será acrescentado".

Bibliografia Consultada

ANDREA, J. Energética do Psiquismo: Fronteiras  da Alma. 3. ed., Rio de Janeiro, F. V. Lorenz, 1990.

Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. Lisboa/Rio de Janeiro, Editorial Enciclopédia, s.d. p.

THINES, G. e LEMPEREUR, A. Dicionário Geral das Ciências Humanas. Lisboa, Edições 70, 1984.

FERREIRA, A. B. de H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, s/d/p.

DICMAXI. Dicionário Multimídia Michaelis

KARDEC, A. A Gênese - Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo. 17. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1975.

EQUIPE DA FEB. O Espiritismo de A a Z. Rio de Janeiro, FEB, 1995.


05 agosto 2009

Ondas e Percepções

Onda é uma partícula que se desloca com movimento oscilatório. Acontece, porém, que ao deslocar-se provoca um “campo magnético”. O Espírito André Luiz, em Mecanismos da Mediunidade, diz: “À falta de terminologia mais clara, diremos que uma onda é determinada forma de ressurreição de energia, por intermédio do elemento particular que a veicula ou estabelece”.

sensação é teoricamente a matéria-prima e a condição necessária de qualquer percepção. Há nela a tonalidade afetiva e representativa. As sensações representativas com vocação cognitiva são: cores, formas, sons e impressões táteis; as sensações afetivas mais subjetivas são: cenestesia, sensações de dor, sensações de prazer. Da sensação chegamos à percepção que, para a Psicologia, é o ato pelo qual o espírito organiza suas sensações e reconhece um objeto exterior. Designa também o resultado desse ato.

Para a compreensão das ondas, devemos ter em mente os seguintes elementos: 

Período – É o tempo de uma oscilação, medida em segundos.

Frequência – Número de oscilações executadas durante UM segundo. Quanto maior a frequência, mais ALTA é ela; quanto menor, mais BAIXA.

Amplitude – É medida pela distância maior ou menor de subida e descida numa linha média.

Comprimento da onda – É a distância que medeia entre duas oscilações.

Crista – É o ponto máximo de uma oscilação.

As ondas podem ser classificadas da seguinte forma: 1) ondas longas (superiores a 600 metros de comprimento); 2) ondas médias (variam entre 150 e 600 metros); 3) ondas curtas (variam entre 10 e 150 metros); 4) ultra-curtas (todas as que forem menores do que 10 metros). Observação: quanto mais curtas maior é o alcance.

Em física, diz-se das ondas que atingem e deixam rapidamente um valor máximo de amplitude (não se firmando em determinado setor vibratório). No homem, são as produzidas por cérebros não acostumados à elevação espiritual, mas que em momentos de aflição, proferem preces fervorosas. Não conseguem sustentar-se em alto nível. Geralmente, falam que “suas preces não são atendidas”.

Esta analogia entre ondas e percepções leva-nos à reflexão de nossa percepção mediúnica, ou seja, o modo como estamos nos comunicando com os Espíritos. A percepção mediúnica, diferentemente da percepção extra-sensorial, é a visão, audição e comunicação com um mundo que não é percebido pelas vias sensoriais do encarnado. Daí, a necessidade do estudo constante e da aplicação prática da moral do Cristo para que, tornando as nossas ondas mentais mais curtas, possamos nos comunicar melhor com os Espíritos de alta hierarquia espiritual.