03 julho 2008

Real, Irreal e Espiritismo

Real - na terminologia filosófica moderna , o termo "real" designa, via de regra, o ente, o que existe em oposição tanto ao que é apenas aparente quanto ao que é puramente possível. Existe em si independentemente de nossa representação e de nosso pensamento. Irreal - Significa "sem realidade" ou "não é real".

A realidade define-se somente através de distinções. Não há uma, mas várias realidades. A própria alucinação é uma realidade para o alucinado e outra para aquele que o trata. Dessa forma, o termo "caia na real" merece certa consideração: na linguagem popular, caracteriza-se pela saída do mundo dos sonhos, da utopia, a fim de vivermos o concreto, o cotidiano e o socialmente aceito e padronizado pelos clichês do pensamento. Mas esta é a verdadeira realidade?

A verdadeira realidade não é fácil de ser absorvida. Para alguns filósofos, somente uma essência que implicasse a sua própria existência é verdadeiramente real e todos os outros entes são formas menos completas ou mais imperfeitas da realidade. Para Heidegger, a verdadeira realidade não está na linguagem, que é inautêntica, mas no "apelo" à consciência, que é autêntico.

O Espírito André Luiz, no livro Mecanismos da Mediunidade, psicografado por Francisco Cândido Xavier, ao tratar das ondas e percepções, descortina-nos novos horizontes para a compreensão da realidade. Do espectro eletromagnético, que varia em extensão de ondas de 10-l4 a 108 metros, os receptores sensíveis à luz nos olhos são percebidos numa faixa de 1/70 do espectro. Significa dizer que há outras realidades além daquelas percebidas pelos nossos sentidos físicos.

A mediunidade - percepção extra-sensorial - é a porta para a compreensão da verdadeira realidade. Através dela notamos que tudo é natural, pois, adentrando num mundo que não é percebido pelas vias sensoriais do encarnado, não implica a sua inexistência. Ao contrário, a percepção da realidade espiritual é fonte geradora de mudança de nossa concepção do "eu", do "outro" e do "mundo" que nos rodeia.

O conhecimento alicerça-se na mente. Educando-a, convenientemente, estaremos capacitando-nos à percepção de novas realidades, que muito contribuirá para o nosso progresso material e espiritual.

Fonte de Consulta

BRUGGER, W. Dicionário de Filosofia. 3. Ed., São Paulo, EPU, 1977.

LEGRAND, G. Dicionário de Filosofia. Lisboa, Edições 70, 1986.

XAVIER, F. C.. Mecanismos da Mediunidade, pelo Espírito André Luiz. 8.ed., Rio de Janeiro, FEB, 1977.



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