21 julho 2008

Deixai Vir a Mim as Criancinhas

Criança – do lat. creantis – significa ser humano de pouca idade, menino ou menina; párvulo; pessoa ingênua, infantil. Reino – Do lat. regnu, significa monarquia governada por um rei; conjunto de seres ou de coisas que tem caracteres semelhantes ou comuns. Reino de Deus – Governo pela observância das leis divinas gravadas em nossa consciência.

"Apresentaram-lhe, então, criancinhas, a fim de que ele as tocasse; e como seus discípulos afastassem com palavras rudes aqueles que as apresentavam, Jesus vendo isso zangou-se e lhes disse: "Deixai vir a mim as criancinhas e não as impeçais; porque o reino dos céus é para aqueles que se lhes assemelham. Eu vos digo, em verdade, todo aquele que não receber o reino de Deus como uma criança, nele não entrará". E as tendo abraçado, as abençoou, impondo-lhes as mãos". (Marcos, cap. X, vv. 13 a 16).

O Espírito é sempre Espírito. Ele passa pela fase infantil, mas continua sendo Espírito, ou seja: traz dentro de si as boas ou más qualidades de outras vidas. A infância é um tempo de repouso para o Espírito. Não podendo manifestar as suas tendências, principalmente as más, em virtude da debilidade do corpo físico, este período torna-o acessível aos conselhos daqueles que devem fazê-lo progredir. É então que se pode reformar o seu caráter e reprimir as suas más tendências.

reino de Deus é para aqueles que se assemelham às crianças. Jesus não disse que o reino dos céus é para as crianças, porque sabia que o Espírito que nela habita não é um Espírito puro, porém, um ser que, momentaneamente, não pode manifestar as suas tendências. Além disso, há, também, o esquecimento do passado, que ajuda o Espírito a expressar-se espontaneamente. Geralmente a criança age sem malícia e sem segundas intenções.

A criança é um símbolo de pureza de coração. Significa dizer que a entrada no reino de Deus é decorrente da simplicidade e da humildade do Espírito. Nesse sentido, os estados de fraqueza, as ações ingênuas e as atitudes de obediência auxiliar-nos-ão eficazmente na percepção das leis naturais. O reino de Deus não vem com aparências externas, ele é fruto de um árduo trabalho de reformulação interior.

Aprendamos com a criança. A sua espontaneidade ensina-nos que a humildade, a simplicidade e a pureza de coração são sumamente indispensáveis à nossa evolução espiritual.

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— Imaginemos que a terra se recusasse a auxiliar as sementes que esperam reviver. O solo expulsá-las-ia e, em vez dos germens libertados para a vitória da plantação, teríamos tão somente pevides secas, em aflitiva inquietude, desorientando a lavoura. Em verdade, a maioria das mães é constituída por sublime falange de almas nas mais belas experiências de amor e sacrifício, carinho e renúncia, dispostas a sofrer e a morrer pelo bem-estar dos rebentos que a Providência Divina lhes confiou às mãos ternas e devotadas; contudo, há mulheres cujo coração ainda se encontra em plena sombra. Mais fêmeas que mães, jazem obcecadas pela ideia do prazer e da posse e, despreocupando-se dos filhinhos, lhes favorecem a morte. O infanticídio inconsciente e indireto é largamente praticado no mundo. E como o débito reclama resgate, as delongas na solução dos compromissos assumidos acarretam enormes padecimentos nas criaturas que se submetem aos choques biológicos da reencarnação e veem prejudicadas as suas esperanças de quitação com a Lei. (Capítulo X  — "Preciosa conversação", do livro Entre a Terra e o Céu, pelo Espírito André Luiz)

 

 


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