29 junho 2008

O Cristão e o Mundo

Mundo significa orbe terrestre. Por extensão, qualquer orbe habitado. Contudo, essa palavra denota uma ambiguidade. Observe que, além deste sentido específico, ela assume também outros, como a representação de grupos, idades e estado interior. Às vezes falamos de mundo interior; outras, de mundo exterior. Quando nos referimos à antiguidade, dizemos o mundo grego, o mundo romano, o mundo chinês. O mundo dos artistas, o mundo dos animais e o mundo novo são outras tantas acepções.

Jesus Cristo foi o responsável pela Segunda Revelação da Lei de Deus. Ele nasceu no marco zero de nossa era e viveu até os 33 anos. Há, contudo, controvérsia. Em suas peregrinações pela Galileia e Jerusalém, deixou-nos um código de conduta moral muito valioso. Não só disse, mas exemplificou. Jesus, em suas prédicas, coloca os cristãos na mesma situação em que esteve, quando da sua passagem nesta Terra. Eles não são do mundo e contudo eles estão no mundo e Jesus não pede a seu pai que os tire do mundo mas apenas que os guarde do Malvado.

O cristão é adepto de Cristo, não o Cristo dos vigários, mas o do próprio Cristo. Quer dizer, para nos dizermos cristãos, devemos nos aprofundar nos ensinamentos deixados por Cristo, que são o alicerce de toda a sua doutrina. Esses ensinamentos, anotados pelos evangelistas Marcos, Mateus, Lucas e João, estão contidos no Novo Testamento. É aí que devemos buscar o ensinamento moral do Mestre. Querer moldar a moral segundo o nosso preconceito é um dos maiores erros que podemos cometer.

Quando estamos fazendo o que os outros fazem, ou seja, estagnados na vida espiritual, ninguém se preocupa conosco. Contudo, quando nos predispomos a alçar o voo do Espírito, buscando informações, frequentando um Centro Espírita, procurando a melhoria interior, os outros começam a nos observar, fazendo cobranças acerca do nosso comportamento. Acontece que a opinião do mundo nem sempre é útil, porque muitas vezes os outros exigem o grão de milho quando ainda somos ervas em crescimento.

Cristo veio para testemunhar a verdade. O mesmo deve fazer o cristão moderno. Os espíritas, para testemunhar o Pai, têm uma vantagem muito especial, ou seja, os conhecimentos veiculados pelos Espíritos de luz. Eles são os vanguardeiros do exemplo, e estão sempre nos secundando o trabalho, sem que para isso precisam estar tocando a trombeta. Eles nos orientam, também, que em qualquer dificuldade recorramos à prece e à vigilância.

Não peçamos a eliminação da dificuldade, mas, sim, forças para suplantá-la com paciência, resignação e muito amor no coração.

 


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